NIAMEY, 26 de julho — Seguindo o padrão de inúmeros golpes de Estado que foram registrados nos últimos anos (ao menos 7 em três anos, além de outras 2 tentativas) no continente africano, militares do Níger confirmaram há pouco que o presidente do país, Mohamed Bazoum, teria sido destituído de seu cargo (estava detido desde manhã).
De acordo o comunicado transmitido na TV local, o Coronel-Major Amadou Abdramane, cercado de vários outros soldados (com camuflagens diferentes e sem a tradicional boina vermelha dos anúncios de golpe da África), citando problemas do país na questão econômica e de segurança, disse que colocou “fim ao regime que vocês conhecem”.
Mohamed Bazoum está no cargo desde abril de 2021 e é o segundo presidente eleito do país que já passou por 4 golpes de Estado desde a sua independência (além de múltiplas tentativa falhas de golpe, uma delas poucos dias antes da posse do próprio Mohamed Bazoum em 2021).
O país é um forte aliado do Ocidente contra o terrorismo local e é esperado que o golpe receba apoio indireto de países como a Rússia, que utiliza o Grupo Wagner para proteger praticamente todos os regimes dos países da região que passaram por golpes nos últimos anos.
As fronteiras do país foram fechadas “até segunda ordem” e todo o território nacional está em toque de recolher das 19h até 5h da manhã.
Todos os serviços do governo foram suspensos.
(Em atualização)