SÃO PAULO, 27 de junho — Contrariando uma narrativa antiga amplamente difundida no Brasil de que o país seria um dos mais perigosos do mundo para a comunidade gay – narrativa que ignora a realidade geográfica do último século e utiliza dados absolutos sem considerar que o Brasil é um dos países mais violentos para todos os públicos -, um novo estudo abrangendo 204 países e dados oficiais de 2011 a 2020 posicionou o Brasil entre os países mais tolerantes e seguros do mundo para essa comunidade.
De acordo com o “Relatório dos Barômetros Globais da Franklin & Marshall”, que analisa anualmente os “direitos humanos LGBTQ+ em todo o mundo” e investiga as políticas e o ambiente para esse grupo de pessoas, o Brasil, juntamente com Argentina, Colômbia, Bolívia e Equador, foi classificado com nota “B”, o segundo maior na escala de tolerância.
Os dados foram divididos em dois barômetros conhecidos oficialmente como “Barômetro Global dos Direitos dos Gays” (GBGR) e “Barômetro Global dos Direitos dos Transgêneros” (GBTR).
Na Continente Americano, apenas Venezuela e Belize receberam o selo de “intolerante”.
62% dos países receberam o selo de “perseguição” contra a comunidade gay, enquanto 70% receberam o mesmo selo para a comunidade de pessoas que se identificam como “trans”.
A pior avaliação acabou ficando com as regiões do norte da África e Oriente Médio.
No quesito de tolerância e segurança, o Brasil ficou em 38º lugar em relação à comunidade gay e em 23º lugar para as pessoas que se identificam como “trans”, à frente de vários países europeus e até dos Estados Unidos.
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(Matéria em atualização)