VIENA, 23 de junho — O governo austríaco anunciou agora, em coletiva, que revogará a polêmica lei que tornou obrigatória a vacinação contra a COVID-19 (primeiro país europeu a adotar tal medida); a lei havia sido aprovada na Câmara local por 137 votos a 33, em 20 de janeiro, e por 47 votos a 12 no Senado, em 03 de fevereiro.
De acordo com a lei, todos os adultos com 18 anos ou mais (com exceção das mulheres grávidas, pessoas que por motivos médicos não podem ser vacinadas ou pessoas que se recuperaram de uma infecção por coronavírus nos últimos seis meses, com a devida documentação) deveriam ser “totalmente vacinados” contra o coronavírus, e estariam sujeitos à multas que poderiam chegar a €3.600 (R$ 22.000), que seriam aplicadas a cada três meses, até janeiro de 2024.
O governo tinha o plano de cobrar a obrigatoriedade da vacina (e multar) maiores de 14 anos, porém não conseguiu votos suficientes e teve que alterar o plano inicial*
A controversa lei havia sido “suspensa” no fim de março, quando os números de infecções diminuíram, então na prática o cancelamento dela foi apenas uma formalização.
“A variante omicron mudou a situação […] Viver com a Covid significa que apresentaremos um pacote abrangente de medidas, e hoje isso significa a abolição da vacinação obrigatória […] Mesmo as pessoas que estão dispostas a vacinar em princípio agora são mais difíceis de convencer da necessidade de uma terceira dose […] a obrigação de se vacinar, que foi apoiada por uma vasta maioria, não fez ninguém tomar a vacina. Em vez disso, abriu trincheiras profundas na sociedade austríaca” –ministro da Saúde austríaco Johannes Rauch
Os números oficiais atuais mostram que ~62% da população atualmente possui um certificado de vacinação válido (com todas as doses), ficando atrás de muitos outros países da Europa Ocidental*
Stories do Instagram sobre a Áustria > (inúmeros vídeos de protestos contra restrições sanitárias que foram registrados na região)
(em atualização)