
BRASÍLIA, 2 de abril — De acordo com dados do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) Degradação, do IMAZON, a degradação florestal da Amazônia Legal atingiu 33.807 km² no ciclo de desmatamento de 2025, medido de agosto de 2024 a fevereiro deste ano, o maior valor já registrado na série histórica do “Calendário do Desmatamento”.
O número representa um aumento de 482,3% em relação ao ano passado, quando a área degradada foi de 5.805 km².
Apenas neste último mês de fevereiro, a degradação florestal atingiu uma área de 211 km², registrando um aumento alarmante de 1.407% em comparação com o mesmo período de 2024.
Sete dos municípios brasileiros mais afetados estão no Pará, que concentra 75% da área degradada, enquanto dois no Maranhão respondem por 14%. Juntos, esses estados somam 89% da área degradada registrada no último levantamento.
Vale lembrar que o Pará sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) de 10 a 20 de novembro.

Na métrica comparativa utilizada por veículos de mídia no Brasil, a degradação florestal no ciclo de 2025 equivale a 4,73 milhões de campos de futebol, uma área similar à do território de Porto Velho, a maior capital do país em extensão territorial, e três vezes maior que Manaus, a segunda maior.
Oficialmente, o termo “degradação florestal” no Brasil refere-se a danos significativos à floresta sem a remoção total da vegetação, geralmente causados por queimadas e exploração madeireira em regiões vulneráveis.
Até o momento, o governo atribui os aumentos registrados em 2024 e 2025 à seca, influenciada pelo fenômeno “El Niño”, bem como às mudanças climáticas.
(Matéria em atualização)