Estônia anuncia a remoção de todos os monumentos soviéticos do país “o mais rápido possível”; “serão desmontados ou removidos de espaços públicos”

Monumentos soviéticos encontrados na Estônia | Imagens por Ferran Cornellà/Rene Kundla/ERR

TALLINN, 4 de agosto — O governo da Estônia anunciou nesta tarde que todos os monumentos do país que datam da era soviética na Estônia serão desmontados ou removidos de espaços públicos.

Existem cerca de 400 monumentos da era soviética na Estônia, que era membro da União Soviética até 1991*

A Estônia é membro da OTAN e da União Europeia desde 2004, e faz fronteira com a Rússia.

“A decisão foi tomada; os monumentos soviéticos devem ser removidos dos espaços públicos, e faremos isso o mais rápido possível […] Não é proibido ter uma memória daqueles que morreram, mas isso deve ser feito em um local adequado, ou seja, em um cemitério, onde possa ser feito com dignidade. Um tanque é uma arma de matar. Este não é um objeto memorial. Esses tanques estão agora matando pessoas nas ruas da Ucrânia. Não há sequer militares enterrados ali. O objetivo final é claro: remover o tanque Narva e outros monumentos do Exército Vermelho.” –primeira-ministra estoniana Kaja Kallas

Um dos monumentos que mais está causando problemas na Estônia é um tanque T-34 soviético da Segunda Guerra mundial que fica exposto na cidade de Narva, perto da fronteira com a Rússia.

Os políticos locais de Narva estão tentando negociar a permanência deste monumento.

O idioma falado no local é o russo, e uma parcela dos moradores diz que o monumento é uma homenagem aos soldados da própria Estônia que faziam parte do Exército Vermelho*

“Para a Estônia, os monumentos não são um símbolo de liberdade. Os monumentos soviéticos simbolizam um período em que a Estônia perdeu sua liberdade. Dado o que aconteceu na Ucrânia em fevereiro, isso tudo acaba trazendo lembranças à sociedade estoniana” –Ministro do Interior estoniano Lauri Läänemets

Segundo um documento oficial, as datas das remoções serão divulgadas individualmente por cada cidade, e segundo o ministro das Relações Exteriores do país, Urmas Reinsalu, que esteve ontem na Ucrânia, “o assunto será finalizado até o fim do mês”.

Atualização:

  • Os monumentos estão de fato sendo removidos
  • O polêmico tanque T-34 da cidade de Narva já foi removido

(em atualização)

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