TBILISI, 14 de outubro – Milhares de pessoas se reuniram nesta noite no centro da capital georgiana em um protesto pela libertação do ex-presidente da Georgia, Mikheil Saakashvili, cuja prisão no início deste mês agravou uma prolongada crise política no país do sul do Cáucaso.
O ex-presidente Saakashvili, de 53 anos, está fazendo uma greve de fome contra a sua prisão, que foi justificada por dois casos (separados) de “abuso de poder” (que ele considera uma acusação política).
A prisão aconteceu em 1º de outubro, horas depois do ex-presidente dizer publicamente que havia retornado à Geórgia após uma ausência de oito anos (prisão foi anunciada na mídia local pelo primeiro-ministro Irkali Garibashvili).
“O terceiro presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, foi detido e enviado à prisão”
Saakashvili é o fundador do Movimento Nacional Unido (MNU, o principal partido da oposição local).
Ele está em um presídio em Rustavi, perto da capital Tbilissi.
Em um discurso lido por seu advogado Nika Gvaramia aos manifestantes, Saakashvili disse que havia voltado para a Geórgia para “contribuir para a luta do povo georgiano contra a pobreza, corrupção, injustiça e destruição”. Ele pediu a derrota do partido Georgian Dream “para a Geórgia retornar ao seu caminho pró-Ocidente”.
Os apoiadores do ex-presidente Saakashvili o consideram um herói da “Revolução das Rosas” de 2003, que derrubou do poder as elites pós-comunistas.
A Georgia está vivendo uma séria crise política desde o ano passado, quando partidos da oposição denunciaram uma “fraude massiva nas eleições legislativas” em que o partido Georgian Dream, do homem mais rico do país, venceu*
(manifestação encerrada)