Líderes do Centrão avaliam como ‘inviável’ a pauta da anistia no Congresso

Plenário da Câmara dos Deputados | Imagem ilustrativa por Bruno Spada/Câmara dos Deputados

BRASÍLIA, 7 de abril — Líderes do Centrão têm afirmado à mídia brasileira desde ontem, que após os dois protestos em favor da anistia aos presos de 8 de janeiro e diante das últimas pesquisas de opinião sobre o interesse dos brasileiros no tema, a proposta não tem viabilidade de avançar ou sequer tramitar no Congresso.

As pesquisas mencionadas pelos líderes do Centrão incluem a divulgada ontem pela Genial/Quaest, que apontou que apenas 34% dos brasileiros apoiam a soltura dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, e a da PoderData, realizada no final de março, que indicou que 37% da população brasileira é favorável a um projeto de anistia.

Segundo o Centrão, a pauta da anistia deverá ser encaminhada às comissões especiais do Congresso, o que, na prática, prolongará as discussões por vários meses e empurrará uma possível discussão em plenário para o período eleitoral — quando o tema dificilmente seria sequer analisado.

Há uma avaliação de que o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que já afirmaram que a prioridade do Congresso seria a pauta econômica e que o tema da anistia não despertava o interesse dos brasileiros, poderiam perder influência política caso cedessem à pressão de deputados favoráveis à proposta e mudassem de posição.

Lideranças das duas casas apontam como alternativa a criação de um projeto paralelo que trate da redução das penas dos condenados pelo Supremo, sem abordar diretamente uma anistia — o que evitaria colocar o Congresso em rota de colisão com a Corte.

Para que a pauta da anistia não seja remetida às comissões especiais da Câmara, são necessárias 257 assinaturas entre os 513 deputados. A avaliação de hoje é que a sigla PL tenha o apoio de 162 parlamentares favoráveis à proposta (95 abaixo do mínimo necessário).

Em declarações à imprensa brasileira, ministros do Supremo classificaram as manifestações como “esvaziadas” e os discursos como “disco furado”.


(Matéria em atualização)

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