WASHINGTON, 09 de maio — O presidente americano Joe Biden assinou agora uma lei aprovada pelo Congresso no dia 28/04 (com 477 votos na Câmara e por unanimidade no Senado) que possibilita que os Estados Unidos emprestem armas e equipamentos à Ucrânia; a lei já foi utilizada na Segunda Guerra para a transferência de armas na forma de empréstimo e sem burocracia.
Na mesma semana, o Congresso americano também recebeu um pedido do governo para o envio de US$33 bilhões, sendo US$ 20 bilhões exclusivamente para o uso militar, à Ucrânia.
Existe a possibilidade deste valor total ser aumentado/reajustado para US$40 bilhões (dólares americanos), ainda antes de sua aprovação, que provavelmente será rápida.
Não existem previsões sobre o que será enviado e os próximos passos da guerra na Ucrânia*
É esperado que o presidente russo Vladimir Putin, em algum momento próximo, faça uma convocação geral no país (localmente chamada de “mobilização”).
Relevante: A Rússia não tem uma reserva bem treinada e seus recrutas servem as Forças Armadas por um ano.
Assim que eles terminam o treino (boa parte sequer aprende alguma coisa e no máximo participa de palestras e escreve algum conteúdo básico sobre aeronaves), são imediatamente desmobilizados.
Não está claro o quão útil essa Força extra seria no combate atual, principalmente sem os sub-oficiais bem treinados que estão na Ucrânia.
Os recrutas geralmente são treinados em suas unidades, mas a grande maioria dos regimentos/brigadas de terra está parcialmente dentro da Ucrânia.
Além disso, uma mobilização de forma oficial aumenta -e muito- as apostas pessoais do presidente russo Vladimir Putin.
Não vencer o colocaria em uma posição de risco (tudo depende de quais sãos os objetivos dele).
Ocupar mais regiões da Ucrânia não é uma solução sustentável a longo prazo enquanto a Ucrânia continuar lutando. A Rússia teria que tornar essa guerra insustentável para Kyiv, e isso também depende do nível de participação da OTAN/UE/EUA.
O último decreto do presidente Vladimir Putin sequer conseguiu reunir o número suficiente de reservistas.
É impossível prever o risco político de um número alto de reservistas destreinados mortos em combate.
Lembrando que a Rússia já iniciou a guerra em fevereiro com ~70% de seus batalhões de combate terrestre (hoje está em ~80%)+Rosgvardia (Guarda Nacional)+batalhões da Chechênia (em março)*
Apenas como referência, em 2003, os Estados Unidos utilizaram ~37% da sua Força tática terrestre no Iraque e ainda conseguiram fazer uma rotação de soldados/batalhões*
(em atualização)