MOSCOW, 26 de julho — O novo chefe da agência espacial russa Roscosmos (NASA russa) e ex-primeiro-ministro da Rússia, Yuri Borisov, que entrou no lugar de Dmitri Rogozin na semana passada (liderou a agência por muitos anos e ficou difícil de ser mantido no cargo por ele ser o único membro do governo a participar abertamente de grupos nazistas / já falamos sobre o assunto), anunciou nesta manhã, após uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin, que a Rússia deixará o programa da Estação Espacial Internacional (ISS) em 2024.
O comunicado, divulgado pela estatal russa de mídia TASS/TACC e assinado pelo novo chefe da agência russa Roscosmos, diz que a Rússia “cumprirá seus compromissos existentes, mas não fará nada além disso”.
Na prática, a Estação Espacial Internacional já seria desativada no fim de 2030, e a cooperação nos trabalhos da Estação estavam suspensos desde abril (sanções)*
“A indústria está em uma situação difícil e vejo que minha principal tarefa, junto com meus colegas, não é de baixar, mas elevar o nível e, antes de tudo, fornecer à economia russa os serviços espaciais necessários […] essa é a decisão final” -Novo chefe da agência espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov
Segundo a Rússia, o país concentrará seus esforços na construção de sua própria estação espacial (com início previsto para 2024).
Atualmente, existem duas estações espaciais tripuladas orbitando a Terra: a ISS e a Tiangong/天宫 (estação espacial chinesa que está em fase de conclusão).
Apesar do comunicado oficial, não existiu uma comunicação formal entre a agência espacial russa e os outros parceiros do programa da agência espacial internacional.
Atualização: A Rússia disse oficialmente à NASA que planeja permanecer na Estação Espacial Internacional “até pelo menos 2028”, quatro anos a mais do que foi anunciado no comunicado oficial da Roscosmos (NASA russa / anúncio divulgado após uma reunião do chefe da agência (e ex-primeiro-ministro russo) com o próprio presidente Vladimir Putin).
(em atualização)