Presidente Lula diz, durante coletiva, que o autoritarismo e a “antidemocracia” venezuelana são uma narrativa; “nossos adversários vão ter que pedir desculpa”

Coletiva realizada há pouco com a presença do ditador venezuelano Nicolás Maduro | Imagem por TV Brasil (EBC)

BRASÍLIA, 29 de maio — O presidente Lula, ao lado do ditador venezuelano Nicolás Maduro, comparou há pouco as críticas quanto ao autoritarismo e a “antidemocracia” da Venezuela à “narrativas”; a aproximação com elogios, que era inesperada já que interlocutores do governo indicavam que o presidente brasileiro seria pragmático no trato com o visitante que é chamado de ditador até pela ONU, provavelmente gerará repercussões diplomáticas.

A coletiva está foi encerrada há pouco e pode ser vista íntegra pelo canal da estatal brasileira TV Brasil (EBC):

Trecho da coletiva | Imagens por TV Brasil
Íntegra da coletiva | Imagens por TV Brasil

O ditador venezuelano chegou na noite de ontem Brasília e participará amanhã de uma reunião com líderes dos 12 países da América do Sul (proposta pelo presidente Lula).

Um dos pontos que será abordado pelo grupo de líderes (que inclui o ditador Maduro) será o Meio Ambiente, que hoje é parte de uma dura crise que pode acabar com uma possível demissão da ministra da pasta, Marina Silva.

Enquanto o governo discute internamente sobre a exploração de petróleo de bacia do Rio Amazonas, movimento que é duramente criticado pela ministra do Meio Ambiente porém apoiado pelo governo, a Venezuela não poderá assinar acordos referentes ao tema porque a exploração venezuelana na Amazônia, principalmente na questão dos minérios, é realizada pelos militares venezuelanos.

O regime venezuelano entregou as áreas de exploração aos Generais do país para consolidar uma base de apoio ao Maduro, e essa questão não é realisticamente passível de alteração. Inúmeros indígenas venezuelanos foram expulsos dessas regiões e hoje estão em solo brasileiro, sem qualquer expectativa de retorno.

Parte dos lucros dessa exploração também financia a milícia russa Grupo Wagner, grupo paramilitar que está espalhado por todos os continentes e que responde unicamente a Vladimir Putin, que protege o regime venezuelano desde o último levante de 2019.

(Clique aqui para ler mais sobre a presença russa na Venezuela)

Nicolás Maduro está na lista de recompensas por ‘informações sobre o seu paradeiro’ do Departamento de Estado dos EUA.

O órgão americano oferece US$ 15 milhões por informações que levem à captura de Maduro pelos crimes de narcoterrorismo e tráfico internacional de drogas.

Imagem por TeleSur (multiestatal da Venezuela, Nicarágua e Cuba)

A aeronave presidencial A319-133 (CJ) YV-2984 que chegou no aeroporto de Brasília também está na lista de sanções do Tesouro americano.

O avião foi acompanhado pelo tradicional Dassault Falcon 900EX T7-ESPRT (aeronave que ultimamente acompanha os voos do ditador Maduro). A aeronave foi recém-exportada pelos Estados Unidos, e apesar das sanções, acabou chegando nas mãos do regime venezuelano.

Outra aeronave que acompanhou o voo do ditador venezuelano foi uma EMB190 (Embraer 190), prefixo YV-2944, que chegou uma hora depois em Brasília (com alguns sistemas de identificação desligados). Ela inicialmente ingressou no espaço aéreo brasileiro, depois foi à Bolívia, e depois retornou no seu percurso até Brasília.

Relevante: O país deve cerca de R$ 6 bilhões ao Brasil (basicamente por financiamentos do BNDES).


(Em atualização)

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