BRASÍLIA, 12 de julho — Integrantes do Centrão e membros do governo já dão como certa a troca da ministra do Esporte e ex-jogadora de vôlei, Ana Moser, pelo deputado da sigla Republicanos Sílvio Costa Filho; substituição provavelmente acontecerá no início de agosto, após o retorno dos trabalhos do Congresso.
Outras seis trocas (oficializações) são esperadas para o início de agosto:
- A primeira será a troca (já confirmada durante a votação da Reforma Tributária) da ministra do Turismo, que realisticamente já perdeu seu cargo no início de junho, e que desde então se segura na cadeira para negociar uma saída tranquila (cargos de segundo e terceiro escalão, além da construção de um Instituto Federal de Educação e um hospital do câncer em Belford Roxo, reduto eleitoral do marido da ministra);
- A outra troca esperada (ainda não anunciada) provavelmente acontecerá no Ministério do Desenvolvimento Social, comandada pelo senador petista Wellington Dias. O Centrão pretende indicar ao cargo o deputado – e também aliado de Lira – André Fufuca, do PP do Maranhão. A troca sofre resistência de membros do PT e da primeira-dama Janja, mas o deputado já foi até apresentado ao presidente durante encontro no Planalto na última sexta-feira (7). Fufuca tem interesse em aparecer mais e se lançar ao Senado em 2026;
- O comando da Caixa deverá sair das mãos de Rita Serrano e ir para o ex-ministro – e aliado de Lira – Gilberto Occhi, por indicação do PP;
- A recriada Funasa (Fundação Nacional da Saúde) provavelmente passará para as mãos da sigla União Brasil.
- EMBRATUR (faz parte do Turismo e está sob o comando de Marcelo Freixo, do PT) e Correios provavelmente serão entregues ao União Brasil (estão sendo disputados por Alcolumbre, Luciano Bivar e Elmar Nascimento).
O deputado Sílvio Costa Filho, cotado para assumir o Esporte em agosto, no retorno dos trabalhos do Congresso, é filho do ex-deputado Silvio Costa, amigo pessoal do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.
Apesar da indicação praticamente certa, a sigla Republicanos, que possui 45 deputados, diz que o movimento não é uma indicação de entrada para a base do governo.
Outro pedido que é nutrido pelo Centrão, mas que vem enfrentando resistência do próprio presidente, é a troca da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Em uma troca que poderá acontecer posteriormente, a ministra deverá ser substituída por um “nome técnico” (para não parecer que foi um indicado político) apadrinhado pela sigla PP, de Arthur Lira.
(Em atualização)