BOGOTÁ, 29 de julho — De acordo com a procuradoria-geral da Colômbia, o filho do presidente da colombiano Gustavo Petro, Nicolás Fernando Petro Burgos, foi preso na manhã deste sábado acusado de “enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro” do narcotráfico que pode ter sido usado para abastecer a campanha política de seu pai; a ex-esposa de Nicolás Petro, Daysuris Vásquez Castro, também foi presa acusada de “lavagem de dinheiro e violação de dados pessoais”.
No início deste ano, Daysuris Vásquez Castro disse publicamente que dois narcotraficantes deram dinheiro ao filho do presidente Petro para financiar a campanha presidencial. O dinheiro teria como moeda de troca a inclusão de grupos do narcotráfico local nos “acordos de paz” com o governo (promessa de campanha de Petro).
O presidente colombiano vem enfrentando um outro escândalo político que teve início em junho deste ano com o vazamento de áudios enviados pelo seu coordenador de campanha Armando Benedetti, que posteriormente assumiu o posto de embaixador na Venezuela, e sua ex-chefe de gabinete presidencial Laura Sarabia, com Benedetti ameaçando tornar público um financiamento ilegal de campanha no valor de 15 bilhões de pesos (~R$ 18 milhões) em troca de demandas pessoais.
Ambos foram demitidos e Benedetti disse que os áudios foram manipulados (não existem evidências que suportem essa possibilidade).
Petro foi eleito o primeiro presidente de esquerda do país em junho do ano passado (concorreu em 3 eleições), derrotando Rodolfo Hernández, apelidado pela mídia local de “Trump colombiano”, tem 63 anos, era senador, ex-prefeito de Bogotá, economista e ex-guerrilheiro do M-19 (por 12 anos / codinome “Aureliano”).
O mandato de presidente na Colômbia tem duração de 4 anos e a reeleição presidencial local foi extinta em junho de 2015.
(Em atualização)