BRASÍLIA, 1 de agosto — De acordo com os dados públicos da transparência (sistema Siga Brasil), a ala do principal partido de oposição ao governo (PL) que vem votando a favor dos projetos governistas recebeu ao menos R$ 149,7 milhões em emendas parlamentares; o montante é maior do que o valor recebido por toda a bancada de siglas da base, como o PSB (recebeu cerca de R$ 81 milhões).
As duas alas, que votam contra e favor do governo (ala do centrão), já brigaram publicamente e até tiveram discussões de grupos de WhatsApp expostas na mídia.
Por ordem de valores, os deputados da sigla PL que mais receberam emendas parlamentares até o momento são:
- Deputado Vermelho (PL-PR) – R$ 20,6 milhões;
- Deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) – R$ 20,6 milhões;
- Deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) – R$ 19,8 milhões;
- Deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) – R$ 19,5 milhões;
- Deputado Junior Lourenço (PL-MA) – R$ 17,1 milhões;
- Deputado Fernando Giacobo (PL-PR) – R$ 16,2 milhões;
- Deputado Tiririca (PL-SP) – R$ 13,4 milhões;
- Deputado Júnior Mano (PL-CE) – R$ 11,5 milhões;
- Deputado Vinicius Gurgel (PL-AP) – R$ 5,7 milhões;
- Deputado João Maia (PL-RN) – R$ 5,3 milhões.
Na última votação com apoio governista, pela Reforma Tributária, mesmo com a orientação contrária do ex-presidente Jair Bolsonaro, 18 parlamentares do PL (atual partido de Bolsonaro) acompanharam o governo e votaram a favor da proposta que agora aguarda uma votação no Senado (provavelmente acontecerá em outubro ou novembro).
Votaram a favor da Reforma (sigla PL): Antonio Carlos Rodrigues (SP), Detinha (MA), Giacobo (PR), Icaro de Valmir (SE), João Carlos Bacelar (BA), João Maia (RN), Josimar Maranhãozinho (MA), Junior Lourenço (MA), Júnior Mano (CE), Luciano Vieira (RJ), Luiz Carlos Motta (SP), Matheus Noronha (CE), Robinson Faria (RN), Rosângela Reis (MG), Samuel Viana (MG), Tiririca (SP), Vermelho (PR), Vinicius Gurgel (AP), Wellington Roberto (PB) e Zé Vitor (MG).
Somando todo o dinheiro empenhado dias antes e um dia depois da votação, o governo dedicou ao menos R$ 8,65 bilhões para aprovar a Reforma (em menos de uma semana), sendo, em ordem, o PL, o PSD, o PP, o PT, o MDB, o União Brasil, o Republicanos e o PSDB os maiores favorecidos.
(Em atualização)