VARSÓVIA, 9 de agosto — De acordo com a estatal de notícias da Polônia PAP, o governo polonês enviará mais 2.000 soldados para a fronteira com a Bielorrússia “em até duas semanas”.
Na última semana, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawieck havia dito que ao menos 4.000 militares da milícia russa Grupo Wagner estariam na vizinha Bielorrússia e que isso inspiraria cuidados com possíveis provocações russas na fronteira.
Inicialmente seriam enviados ao menos 1.000 soldados adicionais à fronteira, porém o governo polonês confirmou hoje que o número teria sido dobrado (sem explicações adicionais).
Já no início deste mês, durante um exercício bielorrusso comunicado ao governo polonês, dois helicópteros de guerra bielorrussos, dos modelos Mi-8 e Mi-24, invadiram o espaço aéreo da Polônia, sobre o vilarejo de Białowieża, voaram por ao menos 3km e retornaram.
“O comitê analisou possíveis ameaças, como a implantação de unidades do Grupo Wagner. Portanto, o Ministro da Defesa Nacional, Presidente do Comitê Mariusz Błaszczak, decidiu mover nossas formações militares do oeste para o leste da Polônia […] a tarefa dessas unidades é exercitar, mas também dissuadir um potencial agressor” -Zbigniew Hoffmann, membro do comitê de Segurança da Polônia em entrevista à estatal PAP
Outra questão apontada pelo governo polonês seria o aumento repentino de migrantes do Oriente Médio e da África que estão tentando cruzar a fronteira terrestre entre os dois países (método utilizado publicamente há muitos anos pelo – autodeclarado – ditador bielorrusso Alexandr Lukashenko em praticamente todos os atritos).
(Em atualização)