Alexandre de Moraes autoriza a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid

Ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro | Imagem por Alan Santos/PR

BRASÍLIA, 17 de agosto — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro, de sua esposa e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid; o pedido havia sido feito pela PF no último dia 11 de agosto.

Na mesma autorização, o ministro liberou que a PF solicitasse uma cooperação do FBI (cooperação internacional) no caso das joias (acusação da PF).

“Sobre os fatos ventilados na data de hoje nos veículos de imprensa nacional, a defesa do Presidente Jair Bolsonaro voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU ainda em meados de março, p.p., requerendo o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito.
O Presidente Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária.” -íntegra da nota da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro divulgada no último dia 11/08

A justificativa do pedido seria de que as contas do ex-presidente, ex-primeira-dama e do ex-ajudante de ordens poderiam ter sido utilizadas para “receber valores” na questão dos presentes de governos árabes.

“Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores” -trecho do pedido formal da PF para a abertura das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro

Revista Veja de amanhã: De acordo com a revista Veja, a edição de amanhã (edição 2855) será publicada com uma “confissão” de Mauro Cid (confirmada pelo novo advogado do ex-ajudante de ordens, Cézar Bitencourt) sobre a venda de joias e uma acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro de ter recebido dinheiro “em espécie” pelas vendas.

Capa da próxima revista Veja

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não divulgou uma nota sobre a decisão de Alexandre de Moraes ou sobre a reportagem que será divulgada amanhã.

É provável que ela seja divulgada ainda hoje.


ATUALIZAÇÕES:

  • 22h53. Em entrevista à emissora local CNN Brasil, o ex-presidente negou as acusações: “Eu não peguei dinheiro de ninguém. Minha marca é a honestidade e sempre será. Contra mim, não tem absolutamente nada. Não há nada de concreto contra mim. O tempo vai mostrar tudo.”
  • 18/08 – 11h23. O advogado de Mauro Cid, Cézar Bitencourt, que ontem disse às emissoras de TV e jornais que seu cliente “confessaria” a venda de joias e o repasse de dinheiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro, agora disse que seu cliente não falou com a VEJA sobre as joias (seria sobre outro assunto);
  • 18/08 – 13h51. Em entrevista (novamente) à Globo News, o advogado Cézar Bitencourt voltou a confirmar as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que não falou sobre “joias” à VEJA, mas apenas sobre a venda do relógio, e que o dinheiro teria sido entregue “em espécie” ao ex-presidente ou à ex-primeira-dama (repetiu a acusação e incluiu a ex-primeira-dama);

(Em atualização)

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