Lula anuncia a criação do 38° ministério; movimento antecipa a reforma ministerial que abrigará as siglas PP e Republicanos

Presidente Lula durante sua live semanal de hoje | Imagem por Agência Brasil/Canal Gov (EBC)

BRASÍLIA, 29 de agosto — Durante sua live semanal transmitida hoje, “Conversa com o presidente”, o presidente Lula anunciou que criará o seu 38° ministério como parte de sua maior reforma ministerial que será feita via Medida Provisória e abrigará as siglas partidárias PP e Republicanos; de acordo com Lula, o novo ministério será chamado de Ministério da Pequena e Média Empresa.

“Nós vamos criar, eu estou propondo a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, das cooperativas e dos empreendedores individuais. Para que tenha um ministério específico para cuidar dessa gente que precisa de crédito e de oportunidade” –Lula (29/08/2023)

O novo ministério – até este momento – provavelmente abrigará alguém do governo que perderá sua cadeira para o Centrão.

O Ministério de Portos e Aeroportos, que hoje é comandado por Marcio França, do PSB, será entregue ao deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que inicialmente receberia o ministério do Esporte. Costa Filho é filho do ex-deputado Silvio Costa, amigo pessoal do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.

É esperado que o partido também leve a recém-recriada Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), que conta com um orçamento de R$ 2,8 bilhões, e estava sendo disputada entre as siglas PP, PSD, União Brasil, Republicanos e MDB.

Como antecipado (e anteriormente negado), o Ministério do Desenvolvimento Social (que deverá perder o comando Bolsa Família e é liderado pelo senador petista Wellington Dias) será entregue ao deputado – aliado de Arthur LiraAndré Fufuca, do PP do Maranhão. Fufuca tem interesse em aparecer mais e se lançar ao Senado em 2026.

A sigla PP também receberá o comando da Caixa (incluindo suas 12 vice-presidências) provavelmente ainda nesta semana (em Brasília, vale mais que vários ministérios), que sairá das mãos de Rita Serrano e ir para um indicado do partido, que busca uma mulher para o cargo (provavelmente a ex-deputada Margarete Coelho, aliada de Lira). Inicialmente o cargo seria entregue ao ex-ministro – e aliado de LiraGilberto Occhi.

Outro pedido que é nutrido pelo Centrão, mas que vem enfrentando forte resistência do próprio presidente, é a troca da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Em uma troca que poderá acontecer posteriormente, a ministra deverá ser substituída por um “nome técnico” (para não parecer que foi um indicado político) apadrinhado pela sigla PP, de Arthur Lira.

Também já foi cogitada a mudança do vice-presidente Geraldo Alckmin, que atualmente é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (pasta que iria para o Centrão), para o ministério da Defesa.

Apesar do governo negar (resistência pessoal do presidente), a EMBRATUR (faz parte do Turismo – já ocupado pelo Centrão – e está sob o comando de Marcelo Freixo, do PT) e Correios estão sendo disputados diretamente por membros do União Brasil (Alcolumbre, Luciano Bivar e Elmar Nascimento).

A reforma inicialmente era esperada para o meio deste mês de agosto, porém além das negociações atrasarem a questão, o governo não quis tirar o foco das operações da PF e das decisões do Supremo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O atraso foi bem visto pelo Centrão, que enxerga o tempo como aliado, já contando com um aumento da necessidade do governo e um espaço até maior que o previsto.


(Em atualização)

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