Lula cria oficialmente o 38° ministério para entregar ao ex-ministro Márcio França, que perdeu sua cadeira para o Centrão

Presidente Lula e Márcio França, ex-ministro de Estado de Portos e Aeroportos | Imagem por Ricardo Stuckert/PR

BRASÍLIA, 13 de setembro — O governo federal publicou há pouco uma medida provisória para criar o 38º ministério do governo, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; a pasta, que já havia sido anunciada por Lula no dia 29/08 durante sua live semanal e que chegou a ser brevemente descartada na semana passada, será entregue à Márcio França, que perdeu o Ministério de Portos e Aeroportos para o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Costa Filho é filho do ex-deputado Silvio Costa, amigo pessoal do presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.

França apresentou resistência para deixar seu antigo ministério e até o vice-presidente Geraldo Alckmin, também da sigla PSB, precisou entrar na negociação para acalmar os ânimos.

A sigla PSB havia pedido para que fossem removidas as palavras “pequena” e “micro” do nome do Ministério, porém o pedido, até este momento, foi ignorado. O partido queria que fosse adotado na pasta o nome “Empreendedorismo, Cooperativismo e Economia Criativa”.

De acordo com o governo, a pasta, que na verdade era parte do Ministério da Indústria e Comércio, que está sob o comando do vice-presidente, terá a função de “incentivar os arranjos produtivos locais, a promoção da competitividade e inovação de micro e pequenas empresas, formular políticas de microcrédito e favorecer a exportação de itens produzidos por esse tipo de firma”.

Hoje também foi oficializada a entrada do deputado André Fufuca, aliado de Lira, do PP do Maranhão (o deputado tem o plano de disputar uma cadeira no Senado na próxima eleição) na pasta do Esporte, que antes era ocupada pela ex-atleta profissional Ana Moser.

André Fufuca durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff| Imagem por TV Câmera

Fufuca era considerado um dos líderes da “tropa de choque” do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (com direito a dedicatória enquanto vestia a bandeira de seu estado). O agora ministro do Esporte também fez campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro na última eleição.


(Em atualização)

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