Gigante MaxMilhas, da mesma operadora da 123milhas, pede recuperação judicial em tutela de urgência por conta de dívida de R$ 226 milhões

Imagem ilustrativa/YouTube.com/@canalmaxmilhas

BELO HORIZONTE, 22 de setembro — Com o objetivo de suspender a execução de suas dívidas, que hoje superam R$ 226 milhões, a gigante das milhas aéreas, viagens e hospedagens MaxMilhas (MM Turismo & Viagens S.A. e Lance Hotéis Ltda) pediu formalmente na noite de ontem para entrar no pedido original de recuperação judicial da 123milhas – que pertence ao mesmo grupo empresarial desde janeiro deste ano – com um requerimento de urgência no Tribunal de Justiça do estado de Minas Gerais (pedido de antecipação de efeitos da recuperação judicial).

A empresa, que viu sua receita cair vertiginosamente no último mês (queda de 70% na venda de passagens aéreas e 90% na venda de hospedagens), declarou em nota que a medida visa garantir o cumprimento das obrigações com seus parceiros, fornecedores e clientes e ordenar, com total transparência, os créditos em um único juízo.

A situação atual já era apontada por inúmeros especialistas da aérea que criticavam o modelo de negócio das empresas relacionadas.

“Ainda que a MaxMilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo on-line tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da MaxMilhas-trecho da nota que foi divulgada pela empresa

Ainda em nota, a MaxMilhas reafirmou seu compromisso em manter todos os seus produtos sem interrupções, incluindo voos e hospedagens, esclareceu que não possui dívidas trabalhistas entre os créditos alcançados pela recuperação judicial, e que caso ocorram cancelamentos unilaterais por parte de hotéis, operadores do setor hoteleiro e fornecedores de passagens aéreas, medidas extrajudiciais poderão ser tomadas em resposta à quebra de contratos.

O pedido original de recuperação judicial da 123milhas (valor total de cerca de R$2,3 bilhões), que também se estende às marcas HotMilhas (Art Viagens e Turismo) e Novum (Novum Investimentos e Participações), e que já havia sido aceito pela Justiça, foi suspenso nesta semana por decisão do desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do TJ-MG, atendendo a um recurso do Banco do Brasil, seu maior credor com um total de R$74,3 milhões a receber, que alegou que a empresa de viagens não teria apresentado todos os documentos necessários para a identificação da situação real da saúde financeira da companhia.

O valor somado do prejuízo das empresas (incluindo a MaxMilhas) está atualmente em mais de R$2,5 bilhões.

Até o momento, não há uma previsão de quando a Justiça dará uma resposta ao pedido da MaxMilhas.


(Em atualização)

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