BRASÍLIA, 13 de dezembro — O plenário do Senado Federal aprovou agora, por 65 votos a 11, o nome de Paulo Gonet Branco para comandar o Ministério Público Federal e ocupar a cadeira que pertencia ao ex-procurador-geral da República Augusto Aras em um mandato de dois anos (que pode ser renovado com indicação do presidente e aprovação do Congresso).
A aprovação de Gonet, que teve sua indicação apadrinhada por seu ex-sócio (e vizinho) no Instituto de Direito Público, o ministro Gilmar Mendes, e pelo ministro Alexandre de Moraes, e que representou o Ministério Público Eleitoral no julgamento que terminou com a pena de inelegibilidade de 8 anos aplicada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, não foi uma surpresa, já que ele contava com um amplo apoio de todas as alas políticas no Senado (já foi elogiado várias vezes de forma pública por parlamentares da oposição).
Mais cedo, Gonet foi aprovado em sabatina no Senado por 23 votos a 4.
Histórico de Paulo Gonet: Paulo Gonet Branco é jurista, professor e procurador, que nasceu no Rio de Janeiro, em 1961, e se formou em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) em 1982. Gonet tem mestrado (1990) em Direitos Humanos pela Universidade de Essex, no Reino Unido, e doutorado em Direito, Estado e Constituição novamente pela UnB em 2008. Ele entrou para o Ministério Público Federal como procurador da República em 1987, foi promovido a subprocurador-geral da República em 2012, e também foi o vice-procurador-geral eleitoral responsável por chefiar o Ministério Público Eleitoral nas eleições de 2022. Gonet é coautor do premiado livro “Curso de Direito Constitucional”, junto com o ministro Gilmar Mendes, e foi um dos fundadores e sócio do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), tambem do ministro Gilmar Mendes. Gonet tem boa relação com as alas política e jurídica (ministros do Supremo) e não são esperados conflitos entre as instituições.
(Em atualização)