Em carta, Milei oficializa rejeição ao convite dos BRICS para que a Argentina fizesse parte do grupo a partir de janeiro

Presidente argentino Javier Milei | Imagem oficial por Casa Rosada/Argentina Presidency of the Nation (CC)

BUENOS AIRES, 29 de dezembro — Como já era esperado, o novo presidente argentino Javier Milei enviou formalmente cartas aos presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul comunicando que seu país rejeitou o convite para se tornar um membro dos BRICS (bloco político e grupo econômico informal criado para rivalizar com o G7 e que não tem qualquer relação militar); o convite (acordo de entrada já acertado com os governos da época), havia sido feito no dia 24 de agosto no fim da última cúpula dos BRICS, teria efeito já no dia 01 de janeiro de 2024 e também incluía o Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e os Emirados Árabes Unidos.

Dentre os representantes dos países que fazem parte do grupo, apenas Vladimir Putin não compareceu nesta cúpula por estar listado como procurado pelo Tribunal Penal Internacional (com mandado de prisão formal) por “crimes de guerra” nas regiões que foram ocupadas após a nova invasão russa à Ucrânia de fevereiro de 2022.

Internamente, o governo brasileiro, responsável pelo convite à Argentina (esforço pessoal do próprio presidente Lula), não demonstrou surpresa com a carta (Milei já havia dito que não manteria relações próximas com regimes comunistas e que seria um braço sul-americano do Ocidente).

“É muito importante an Argentina estar nos BRICS. O Brasil não pode fazer política de desenvolvimento industrial sem lembrar que a Argentina tem que crescer junto-presidente Lula durante entrevista realizada um dia antes do convite formal à Argentina

Mesmo antes da carta e dos avisos do grupo de campanha de Milei que já falavam na recusa, não era crível que o novo governo se aliasse ao Irã, sendo o presidente um apoiador incondicional de Israel, à Rússia, tendo em vista que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky foi um convidado de honra na posse de Javier Milei, e ao regime chinês, que sempre foi duramente criticado pelo atual presidente (com este último, o tom das críticas diminuiu por conta das relações financeiras e um empréstimo realizado pelo governo Fernández, que obriga os dois países a manterem um tom de cordialidade).

A carta de Milei chegou ao governo brasileiro no último dia 22/12 através da embaixada do Brasil de Buenos Aires (procedimento comum).


(Em atualização)

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