Após 51 dias de buscas, PF anuncia que prendeu no Pará os dois fugitivos que haviam escapado de maneira polêmica do presídio federal de segurança máxima de Mossoró

Presos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça | Imagem por REPRODUÇÃO/PF

PARÁ, 4 de abril — A Polícia Federal anunciou há pouco que conseguiu capturar, junto com a Polícia Rodoviária Federal (efetuou a prisão), na cidade de Marabá, no estado do Pará, os dois presos, identificados como Deibson Cabral Nascimento (33) e Rogério da Silva Mendonça (36) -membros do Comando Vermelho, a segunda maior organização criminosa país- que haviam conseguido escapar há 51 dias da Penitenciária Federal de Mossoró (segurança máxima), no Rio Grande do Norte.

Foto da captura | Imagem por PF/DIVULGAÇÃO

Essa havia sido a primeira fuga registrada no sistema prisional federal brasileiro (segurança máxima), que já tem 18 anos de história.

Deibson e Rogério escaparam do presídio de segurança máxima do último dia 14 de fevereiro, na quarta-feira de cinzas, por volta das 3h da manhã, e atravessaram os estados do Ceará, Piauí e Maranhão antes de serem novamente capturados (percorreram cerca de 1.600km).

A fuga envolveu uma série de polêmicas por conta dos obstáculos que foram vencidos pelos dois. Entre os obstáculos estão inúmeras portas e cercas de segurança (uma delas cortada com um alicate supostamente encontrado em um espaço de obras no presídio), e até uma passagem através de um buraco de iluminação, que teria sido aberto com barras de ferro removidas de uma pia.

Desde então, as autoridades buscavam os presos, que não são chefes da organização criminosa no qual eles pertencem, com a ajuda de equipes de forças de segurança estaduais e federais, com cães, drones, helicópteros da Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria de Segurança Pública do estado, e até mesmo da Interpol, que monitorava possíveis saídas do país.

A investigação da PF inclui a – óbvia – suspeita de que houve facilitação para que os dois presos conseguissem escapar.

Durante os 51 dias, ao menos 8 pessoas foram presas por auxiliar na fuga dos dois criminosos (alguns dos outro presos eram desconhecidos dos fugitivos e os auxiliaram mediante pagamento).

Caso não ocorram alterações no procedimento padrão, os dois serão enviados novamente para o presídio federal de Mossoró.


(Matéria em atualização)

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