Postagem apagada: Ministra Anielle Franco é duramente criticada por usar a tragédia do Rio Grande do Sul para falar em eleições

Ministra Anielle Franco (última foto pública em 03/04/2024) | Imagem por Valter Campanato/Agência Brasil (EBC)

BRASÍLIA, 7 de maio — Em meio à polêmica em torno do pedido do Ministério da Igualdade Racial, liderado pela ministra Anielle Franco, para que o Ministério do Desenvolvimento Social priorize famílias ciganas, quilombolas e de terreiros na distribuição de alimentos para aqueles que foram afetados pelos temporais no Rio Grande do Sul, Anielle voltou a ser destaque nesta tarde ao postar em suas redes sociais oficiais do governo uma mensagem de teor político relacionando a tragédia à uma motivação para a regularização ou obtenção de títulos de eleitor no Brasil.

Post da ministra Anielle Franco

O grande número de respostas negativas fez com que a ministra apagasse o post.

De acordo com os últimos dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul (boletim diário), que provavelmente estão defasados devido à dificuldade na recuperação e identificação de corpos (nos primeiros três dias, a maioria dos resgates foi realizada por moradores locais), pelo menos 90 pessoas perderam a vida nos fortes temporais que atingiram a região Sul do Brasil nos últimos dias, enquanto outras 132 estão desaparecidas.

  • Existem inúmeros relatos de corpos abandonados que não puderam ser resgatados e que provavelmente ainda não estão na contagem oficial;
  • Ao todo, 388 municípios já foram afetados;
  • 361 pessoas ficaram feridas e foram ou estão sendo tratadas em hospitais locais;
  • O governo local contabiliza 48.147 desabrigados e 155.741 desalojados;
  • 1.367.506 pessoas foram diretamente afetadas pelos temporais;
  • 111 trechos de 61 rodovias estão com bloqueios totais ou parciais em todo o estado;
  • De acordo com dados oficiais das empresas responsáveis, mais de 450 mil residências e estabelecimentos comerciais estão sem energia elétrica em todo o estado, enquanto cerca 750.364 famílias estão enfrentando falta de água (a região está oficialmente sob racionamento);
  • 38 cidades no Rio Grande do Sul estão sem serviço da operadora TIM, 28 sem sinal da VIVO e 19 sem cobertura da operadora CLARO;
  • Mais de 30 criminosos foram presos roubando ou saqueando os afetados pela tragédia;

A região sudeste do estado será novamente atingida por tempestades e fortes ventos a partir de amanhã (chegada de uma frente fria).


Não é a primeira vez que a ministra Anielle Franco se envolve em polêmicas por conta de posts em redes sociais.

Em setembro do ano passado, a ministra viajou viajou até o Estádio do Morumbi utilizando um jatinho VIP Legacy 600 (ERJ-135/VC-99B, matrícula FAB2582) da Força Aérea Brasileira (FAB) para assistir à final do campeonato de futebol que envolvia o seu time Flamengo sob o argumento de de que precisava assinar um “protocolo de intenções antirracista antes do jogo.

Após o jogo, o governo teve que anunciar a demissão da assessora mais próxima da ministra devido a uma postagem ofensiva que ela fez, dirigida à “torcida branca” do São Paulo.

A assessora, Marcelle Decothé da Silva (“chefe da assessoria especial” no portal da Transparência com uma remuneração de R$ 15.847,34), que estava no cargo desde 7 de fevereiro de 2023, postou durante o jogo da final uma foto segurando a camisa de seu time Flamengo e uma legenda chamando a diretoria do São Paulo de “fascista”, e uma foto da torcida são-paulina com a legenda “torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade. Pior tudo de pauliste”.

REPRODUÇÃO/Instagram

Meses antes, em junho do ano passado, a ministra de Estado também criou polêmica ao postar um vídeo em uma motocicleta e sem capacete no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, justificando a infração com a obediência às regras do tráfico de drogas local. Segunda a justificativa do ministério, além da não utilização dos capacetes, motoristas também precisam andar com os vidros abaixados na região.


(Matéria em atualização)

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