Inflação na Argentina cai para 8,8% em abril, marcando o quarto mês consecutivo de desaceleração no país

Presidente argentino Javier Milei | Imagem por US Embassy in Argentina

BUENOS AIRES, 14 de maio — Após a Argentina registrar seu primeiro Superávit Primário trimestral (receitas maiores que despesas) desde 2008 e após a gestão da economia argentina receber elogios diretos e nominais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Javier Milei recebeu hoje mais um indicador positivo sobre os índices econômicos de seu país referentes ao último mês de abril: uma inflação mensal de um dígito.

De acordo com o índice oficial de inflação da Argentina (IPC), que acumula uma alta de 289,4% em 12 meses, o índice mensal de inflação no país voltou ao patamar de um dígito, seguindo uma sequência de quatro quedas consecutivas nos primeiros quatro meses de governo da atual gestão.

Quando Milei assumiu em dezembro, o índice mensal de inflação no país atingiu 25,5%, com expectativa de aumento, seguindo o padrão dos últimos anos. 

Em janeiro, a Argentina viu o índice mensal descer para 20,6%, que caiu para 13,2% em fevereiro, 11% em março e agora para 8,8% em abril (queda puxada pela desaceleração da inflação no preço dos alimentos).

Hoje, o mercado trabalha com a perspectiva que a inflação na Argentina caia mais ainda no mês de maio, podendo chegar a 4% ou 5%.

Milei celebrou o índice de abril em suas redes sociais com um grito de “Gol!!!” e uma foto abraçando seu ministro da Economia Luis Caputo.

Quando assumiu, Milei pegou uma Argentina que nos últimos 4 anos viu seu Produto Interno Bruno (PIB) retornar aos mesmos níveis de 2012, com uma taxa cambial oficial que subiu cerca de 500% e uma inflação acumulada que era superior a 800%.

De acordo com os dados locais, 60% da população da Argentina vive abaixo da linha de pobreza (não consegue pagar por uma cesta básica).

Apesar dos números alarmantes, grandes manifestações convocadas por sindicatos, e uma sociedade caracterizada pelos economistas como “pobre”, “cansada” e que não consegue enxergar uma solução para os seus problemas, de acordo com os dados mais recentes das pesquisas, Milei tem conseguido manter níveis de aprovação que variam de 39,5% em regiões vinculadas à oposição, até 63% em áreas mais favoráveis, e uma média positiva em números nacionais.

Na principal pesquisa do país realizada nos 100 dias de governo, 54% disseram que acreditavam que an Argentina estava “seguindo na direção correta” (maior grupo de apoiadores está representado nas classes mais pobres do país).

Nesta semana, ao tecer elogios ao presidente argentino em um relatório técnico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a oitava revisão do programa de financiamento de US$ 44 bilhões do país (empréstimo contratado pelo governo Macri).

A revisão, que é um forte sinal de apoio do Fundo à política econômica “de choque” do presidente argentino, resultará em um desembolso de cerca de US$ 800 milhões à Argentina. O dinheiro dará ao país um alívio para honrar seus compromissos com os credores internacionais enquanto a equipe econômica de Milei pondera sobre a continuidade do programa de ajuda atual do FMI ou a busca por um acordo com outras condições.

“[…] ainda que tenha herdado uma situação econômica e social difícil e extremamente complexa, a firme implementação do plano de estabilização pelas autoridades permitiu avançar rápido no restabelecimento da estabilidade macroeconômica […] Com base no desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre — todos os critérios de desempenho foram cumpridos com margens —, a equipe do FMI e as autoridades argentinas chegaram a entendimentos sobre políticas para continuar a consolidar o processo de desinflação, reconstruir as reservas externas, apoiar a recuperação e manter o programa no caminho certo” -Fundo Monetário Internacional


(Matéria em atualização)

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