PF realiza operação contra advogado de Adélio por ligação com o PCC e na mesma manhã encerra o caso da facada dizendo que Adélio agiu sozinho no ataque a Bolsonaro

Adélio Bispo dos Santos | Imagem por REPRODUÇÃO/depoimento oficial

JUIZ DE FORA, 11 de junho — A Polícia Federal (PF) realizou nesta manhã uma operação de busca e apreensão, além do bloqueio de contas no valor de R$ 200 milhões, contra um dos advogados de Adélio Bispo de Oliveira, o criminoso que em 6 de setembro de 2018 tentou assassinar o então candidato à presidência Jair Bolsonaro com uma facada durante um evento de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Na operação também foram apreendidos um veículo Porsche e um jatinho particular que leva as iniciais do advogado.

Imagem por REPRODUÇÃO/PF
Imagem por REPRODUÇÃO/PF

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que mais cedo se reuniu com jornalistas em um café da manhã, o advogado seria vinculado à organização criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital), porém isso não teria “nenhuma vinculação” com o atentado contra o ex-mandatário em sua campanha eleitoral.

Segundo a PF, a ausência de provas da relação entre o PCC e o atentado seria uma questão temporal, já que os pagamentos recebidos pelo advogado por conhecidos membros da facção criminosa foram registrados apenas dois anos após a tentativa de assassinato do ex-presidente.

“O advogado é ligado ao crime organizado. Mas [não há] nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de assassinato do ex-presidente. Nós informamos ao Judiciário, sugerindo o arquivamento dessa parte do inquérito” – Diretor-geral da PF

O relatório em que a PF acusa o advogado de atuar junto ao PCC foi produzido a partir de uma investigação que começou em 2021 e envolveu dados de uma outra operação realizada em março de 2023 que também mirou o advogado e alguns traficantes em Minas Gerais.

Além da operação contra o advogado, a PF divulgou hoje o relatório final do terceiro inquérito sobre o caso do atentado dizendo que Adélio teria agido sozinho, por “iniciativa própria e sem mandantes” na tentativa de assassinado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Após retomada de investigações para identificar possíveis envolvidos no atentado contra o então candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro em 2018, a Polícia Federal concluiu que houve apenas um responsável pelo ataque, já condenado e preso […] Por conseguinte, o relatório final foi apresentado, atendendo a novas solicitações do Ministério Público Federal, e agora aguarda a manifestação do Juízo. A Polícia Federal manifestou-se pelo arquivamento do Inquérito Policial-nota da PF

Com a apresentação do resultado do último inquérito, na investigação que foi reiniciada no ano passado e não divergiu dos inquéritos de setembro de 2018 e maio de 2020, a PF solicitou oficialmente arquivamento das investigações sobre o atentado e o encerramento do caso.

Adélio, considerado inimputável pela Justiça brasileira devido à “insanidade mental” (decisão de junho de 2019 que sempre foi contestada pelo próprio Adélio), está cumprindo uma medida de segurança em Minas Gerais.


Ambos, o atual presidente Lula e o ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) Paulo Pimenta já disseram publicamente que duvidavam da veracidade do atentado sofrido por Jair Bolsonaro.

Paulo Pimenta, um dos maiores e mais vocais incentivadores de projetos de controle sobre rede sociais para coibir as chamadas “fake news”, se refere publicamente ao atentado em suas redes sociais como “fakeada”.


(Matéria em atualização)

Últimas Notícias

Mais lidas da semana

- PUBLICIDADE -spot_img

Matérias Relacionadas

O Apolo nas redes sociais

O Apolo Brasil no Instagram

O Apolo Brasil no Telegram

O Apolo Brasil no X

O Apolo Brasil no TikTok

O Apolo Brasil no Facebook

O Apolo Brasil no Threads

- NOVIDADE -spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Leia mais

Ministério da Fazenda divulga lista das 193 casas de aposta online que conseguiram autorização do governo para poder operar no Brasil

BRASÍLIA, 1 de outubro — O Ministério da Fazenda divulgou há pouco a lista oficial das 193 casas de apostas online (“Bets”), pertencentes a 89 empresas, que estão autorizadas a continuar operando no Brasil após cumprirem o prazo estabelecido pelo governo para regularização e...