BRASÍLIA, 8 de agosto — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou a soltura do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, que havia sido preso há um ano, no dia 9 de agosto de 2023, por suposta “violência política”, prevaricação e por “impedir ou atrapalhar a votação” (Código Eleitoral) das eleições presidenciais de 2022.
A Operação que prendeu Silvinei havia sido justificada oficialmente como uma investigação sobre uma blitze da PRF, realizada no dia do segundo turno, em um local onde supostamente o atual presidente Lula teria mais vantagem de votos sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (fiscalização de 2 mil ônibus na região Nordeste e 571 na região Sudeste).
O mandado de prisão que levou Silvinei à cadeia diz (justificativa) que ainda existia a possibilidade de Silvinei, por “exercer influência sobre alguns servidores”, interferir nos depoimentos que ainda estavam sendo colhidos.
Segundo o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ninguém teria deixado de votar por conta da blitze em questão.
No próprio dia da eleição, Moraes, então presidente do TSE, já havia emitido uma ordem de suspensão imediata da blitz, sob pena de prisão de Silvinei Vasques (ordem que, segundo Moraes, teria sido desrespeitada).
Agora solto, Silvinei terá que cumprir medidas cautelares, sob pena de voltar à prisão, que incluem a utilização de uma tornozeleira eletrônica, a obrigação de se apresentar à Justiça periodicamente, o cancelamento de seu passaporte e proibição de deixar o país, a suspensão de seu porte de arma, e a proibição total do uso de redes sociais.
Silvinei estava preso no Centro de Detenção Provisória II da Papuda, em Brasília.
(Matéria em atualização)