BRASÍLIA, 8 de outubro — A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal de São Paulo, condenou o YouTuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, a 1 ano e 2 meses de detenção em regime semiaberto e ao pagamento de uma multa de R$ 50 mil por ter chamado o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, então ministro da Justiça, de “gordola” ao vivo em um podcast realizado em 2023.
“Você vai ser escravizado por um gordola. Esse cara sozinho não dura um segundo na rua, não consegue correr 100 metros. Coloca ele na floresta para ver se ele sobrevive. Você vai deixar esse cara ser o seu mestre? Foi para isso que os seus pais te deram educação? Eles se sacrificaram para você servir esse filho da p****?” -Monark
Na época do ocorrido, Dino apresentou uma queixa por calúnia, difamação e crime contra a honra. Após a análise, a juíza descartou os crimes de calúnia e difamação, condenando o YouTuber Monark por injúria.
“É inequívoco que as frases por ele pronunciadas foram ofensivas à dignidade e ao decoro da vítima, bem assim que o acusado teve o dolo específico de injuriar o querelante, no que extrapolou o ânimo de mera crítica […] Essas ofensas extrapolaram os limites da crítica, visando atingir a dignidade e a autoestima do ofendido […] a injúria se torna ainda mais grave quando dirigida a um servidor público, pois compromete não apenas a honra do ofendido, mas a confiança da sociedade nas instituições” -juíza Maria Isabel do Prado
Essa notícia-crime chegou a ser suspensa em dezembro do ano passado pelo desembargador Fausto Martin de Sanctis, do TRF da 3ª Região, mas foi retomada em março deste ano após uma decisão colegiada da Corte.
Seguindo o trâmite normal do processo (5005932-37.2023.4.03.6181), a defesa de Monark, representada pela Defensoria Pública, deverá apresentar recurso, e o YouTuber, que está morando nos Estados Unidos desde setembro de 2023, aguardará em liberdade.
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(Matéria em atualização)
