BUENOS AIRES, 15 de janeiro — De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina, a inflação anual da Argentina, impulsionada pelos cortes de gastos do presidente Javier Milei, fechou o ano de 2024 em 117,8%, com um aumento mensal de 2,7%, representando uma queda de 96,3 pontos percentuais em relação aos índices registrados no início do ano – e início da atual administração.
Os dados ficaram próximos da previsão da agência de classificação de risco Austin Rating, que estimava uma taxa anualizada de 116,3%.
Estes são os números da inflação mensal na Argentina, de acordo com os dados oficiais:
- Setembro de 2023: 12,7% ao mês, 138,3% ao ano
- Outubro de 2023: 8,3% ao mês, 142,6% ao ano
- Novembro de 2023: 12,8% ao mês, 148,2% ao ano
- Dezembro de 2023 (posse do presidente Javier Milei): 25,5% ao mês, 211,4% ao ano
- Janeiro de 2024: 20,6% ao mês, 254,2% ao ano
- Fevereiro de 2024: 13,2% ao mês, 276,2% ao ano
- Março de 2024: 12,4% ao mês, 296,3% ao ano
- Abril de 2024: 8,8% ao mês, 289,4% ao ano
- Maio de 2024: 4,2% ao mês, 276,4% ao ano
- Junho de 2024: 4,6% ao mês, 271,5% ao ano
- Julho de 2024: 4,5% ao mês, 268,7% ao ano
- Agosto de 2024: 4,2% ao mês, 236,7% ao ano
- Setembro de 2024: 3,2% ao mês, 212,6% ao ano
- Outubro de 2024: 2,7% ao mês, 193,0% ao ano
- Novembro de 2024: 2,4% ao mês, 166,0% ao ano
- Dezembro de 2024: 2,7% ao mês, 117,8% ao ano
Segundo os dados oficiais, a inflação de 2,7% em dezembro foi impulsionada pelo aumento nos preços de moradia, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (5,3%), comunicação (5,0%) e restaurantes e hotéis (4,6%).
O Banco Central argentino prevê que o país finalizará 2025 com uma inflação anual acumulada de 25,9% e um crescimento do PIB de 4,5%, enquanto o governo de Javier Milei projeta uma inflação de 18,3% e um aumento do PIB de 5%.
A pobreza na Argentina, medida pelo Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), vinculado ao Ministério do Capital Humano, que atingia 52,9% da população no primeiro semestre de 2024, caiu para 38,9% ao final do ano. A pobreza extrema, que no primeiro trimestre afetava 20,2% da população, caiu oficialmente para 16% no segundo trimestre e 8,6% no terceiro trimestre, até onde foram divulgados os últimos dados.
O mesmo órgão registrou a pobreza em 49,5% da população em dezembro de 2023, mês da posse de Milei.
(Matéria em atualização)
