O governador do Tocantins, Mauro Carlesse, está sendo alvo de uma operação da Polícia Federal (250 agentes) na manhã desta quarta-feira (20) para desarticular uma organização criminosa que “supostamente tentou impedir ou obstruir investigações sobre atos ilícitos relacionados à cúpula do governo”.
Os inquéritos tramitaram sob sigilo na Corte Especial do STJ e “indicam a presença de indícios do pagamento de vantagens indevidas ligadas ao Plano de Saúde dos Servidores do Tocantins”, além da presença de uma “estrutura para lavagem de ativos”.
A investigação começou há ~2 anos.
O relator do caso, ministro Mauro Cambell, pediu o afastamento do governador Mauro Carlesse por seis meses (a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça decidirá às 14 horas se mantém ou não o afastamento)*
Também são alvos da Polícia Federal os secretários estaduais de Segurança Pública, Cristiano Barbosa, e de Parcerias e Investimentos, Claudinei Quaresmim.
“Além da obtenção de novas provas, as operações buscam interromper a continuidade das ações criminosas, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, resguardar a aplicação da lei penal, a segurança de testemunhas e a retomada das Instituições Públicas” -STJ
Essa não é a primeira operação da PF que tem como alvo o governador; em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal realizou em 17/03/2020 a “Operação Assombro” com o objetivo de “desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar dinheiro público por meio da contratação de funcionários fantasmas”. Mauro Carlesse foi um dos alvos da operação que contou com 80 policiais, que na época cumpriram 14 mandados.
O governador hoje está no PSL, porém pertencia ao DEM na época da última operação*
(em atualização)