WELLINGTON, 09 de dezembro — O governo neozelandês anunciou nesta quinta-feira (09), em mais um polêmico avanço, que planeja aprovar já no próximo ano a proibição vitalícia da venda de cigarros para os nascidos depois de 2008 (idade mínima aumentando a cada ano).
A medida entrará em vigor em 2027.
“Queremos ter a certeza de que os jovens nunca comecem a fumar, portanto, será um crime vender ou fornecer produtos com tabaco para os novos grupos de jovens” -Ayesha Verrall, ministra da Saúde local
Na prática, com a idade mínima aumentando a cada ano, em 60 anos, um neozelandês precisará apresentar seus documentos para provar que tem pelo menos 75 anos de idade para comprar um cigarro.
Outras partes do plano incluem permitir apenas a venda de produtos derivados do tabaco com níveis muito baixos de nicotina e reduzir o número de lojas que podem vendê-los.
O número de lojas autorizadas a vender cigarros será drasticamente reduzido de cerca de 8.000 para menos de 500.
O pacote de medidas tornará a indústria de venda de tabaco da Nova Zelândia a segunda mais restrita do mundo, logo atrás do Butão, onde as vendas de cigarros são totalmente proibidas.
É esperado que o governo australiano siga o mesmo caminho*
A porcentagem de fumantes têm caído há anos na Nova Zelândia. O governo local estima que ~13% dos adultos são fumantes e que ~9% são “fumantes diários”.
O governo da Nova Zelândia disse que está determinado a “atingir uma meta nacional de reduzir” sua taxa nacional de fumantes “para 5% até 2025”, “com o objetivo de eventualmente eliminá-la por completo”.
Segundo a ministra da Saúde local, Dr. Ayesha Verrall, a nova lei não afetará o comércio de cigarros eletrônicos. Ela disse que “fumar tabaco é muito mais prejudicial e continua sendo uma das principais causas de mortes evitáveis na Nova Zelândia, matando até 5.000 pessoas a cada ano”.
Mesmo assim, a indústria do cigarro eletrônico sabe que será atingida em breve pelo governo local com alguma lei ou restrição*
“Saudamos o reconhecimento do governo da Nova Zelândia de que o imposto de consumo excessivo afeta desproporcionalmente os fumantes com renda mais baixa […] mas proibições de qualquer tipo tendem a facilitar a vida dos comerciantes criminosos que vendem produtos ilícitos não regulamentados.” -posição oficial da Imperial Brands (IMB-L), uma das empresas locais que lideram o mercado
(em atualização / os detalhes serão estabelecidos e divulgados quando a lei passar pelo Parlamento neozelandês)