ROMA, 14 de julho — De acordo com um comunicado do Gabinete do presidente italiano Sergio Matarella, a renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi, que foi anunciada de forma pública com a divulgação de uma carta de demissão, foi rejeitada.
O presidente Mattarella convidou o primeiro-ministro para discursar no Parlamento do país “para lidar com a situação política” depois que a coalizão governante se dividiu e boicotou um voto de desconfiança no governo (vencido pelo primeiro-ministro por 172 votos a 39).
Não está claro como a questão política do país será resolvida, até porque esse tipo de situação e a troca constante de líderes é uma questão comum na Itália.
Um caminho viável seria uma nova votação de desconfiança e o apoio do partido Movimento 5 Estrelas (5SM), que resolveu boicotar o voto de desconfiança vencido hoje por Draghi.
Uma saída antecipada do primeiro-ministro, que pode sim acontecer mesmo com a rejeição do presidente Mattarella, pode levar o país a uma eleição antecipada, possivelmente no outono.
Nota do Gabinete presidencial italiano:
“O Presidente da República, Sergio Mattarella, recebeu no Quirinale o Presidente do Conselho de Ministros, Mario Draghi, que renunciou ao governo que presidia. O Presidente da República não aceitou a demissão e convidou o Presidente do Conselho a comparecer no Parlamento para fazer comunicações, para que se possa fazer uma avaliação da situação decorrente dos resultados da sessão de hoje realizada no Senado da República ser feito.” –nota do gabinete presidencial / Quirinale
(em atualização)
