ESTOCOLMO, 17 de outubro — Ulf Kristersson, tido pela mídia local como “ultraconservador” (centro), foi eleito nesta segunda-feira o novo primeiro-ministro da Suécia por maioria absoluta no Parlamento; o bloco –pela primeira vez– contou com o apoio da direita política local e deverá assumir após oito anos de um governo social-democrata.
Após as eleições locais de 11 se setembro, Ulf Kristersson havia recebido do presidente do Parlamento sueco, Andreas Norlén, a missão de formar um governo (maioria) no último dia 19 de setembro.
Sua coalizão obteve 103 cadeiras no Parlamento sueco, de um total de 349 cadeiras, que serão somadas às do Partido Democratas da Suécia (SD), de direita, que obteve mais 73 cadeiras na última eleição (segunda maior bancada eleita).
“Faremos uma revisão completa de todo o código penal, com penas mais duras para crimes violentos e sexuais […] Novos reatores nucleares serão construídos” (o país fechou seis de seus 12 reatores nos últimos anos*) –Ebba Busch, líder dos Democrata-Cristãos (parte da coalização)
“Para nós, foi absolutamente decisivo que uma mudança de poder seja também uma mudança de paradigma em relação à política de imigração e integração” –Jimmie Åkesson, lider do Partido Democratas da Suécia (SD / parte da coalizão)
A oposição política, liderada pela atual primeira-ministra Magdalena Andersson, ficou com 173 cadeiras (contra 176 do novo governo).
A composição do novo governo deverá ser anunciada amanhã.
Os temas centrais da campanha foram a segurança, controle de imigração ilegal, redução da cota anual de recebimento de refugiados (de 6.400 para 900), e a questão energética, com uma promessa clara do grupo vencedor pela ativação de novos reatores nucleares.
Não existe qualquer previsão de mudança no comportamento do país com relação à guerra entre Rússia e Ucrânia (invasão russa de território) e nem na questão da entrada do país na OTAN (o país entregou seu pedido formal de adesão à OTAN no dia 18/05).
No fim de agosto, Kristersson chamou de “patético e fraco” o atraso do país em enviar os sistemas de artilharia Archer (obuses autopropulsados Archer 155mm) para a Ucrânia; “Acho patético e fraco, quando a Ucrânia luta agora não apenas por sua própria liberdade, mas por toda a Europa” (estes equipamentos foram anunciados em julho).
As próximas eleições locais estão marcadas para 2026.
(em atualização)