BRASÍLIA, 9 de setembro — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologou há pouco um acordo de delação premiada (acordo de colaboração premiada n° 3490843/2023 2023.0070312- CGCINT/DIP/PF) do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid.
Cid, que está preso está preso há 128 dias no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília, será solto, terá que utilizar tornozeleira eletrônica e entregar seu passaporte, será afastado temporariamente de suas funções no Exército e terá uma limitação de sair de casa à noite e aos finais de semana.
O acordo refere-se ao polêmico “inquérito das milícias digitais” e todas as outras investigações relacionadas (aparentemente, a delação não tem objeto e será sobre o que foi acordado entre a defesa de Cid e o Supremo).
Mauro Cid fechou esse acordo presencialmente com o ministro, acompanhado de seu advogado Cezar Bitencourt, na última quarta-feira (6) na sede do STF (entrega de termo de intenção).
O advogado Cezar Bitencourt sempre foi um vocal crítico de delações premiadas (chamava de “imoral”), porém desde que assumiu a defesa de Cid, vem falando sobre essa possibilidade e dizendo que seu cliente “apenas seguia ordens”, chegando até a colocar suspeitas sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no caso das joias.
Cezar Bitencourt também já se posicionou publicamente chamando a prisão do presidente Lula de “açodada, intempestiva e ilegal” e caracterizou o 8 de janeiro como “uma violência generalizada e antidemocrática protagonizada por vândalos e asseclas irracionais de Jair Bolsonaro”.
Agora Cid terá que entregar aos investigadores provas que comprovem a sua delação.
(Em atualização)