MADRID, 29 de maio — Após acumular duras derrotas nas eleições municipais e regionais que foram realizadas ontem na Espanha, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário Espanhol, anunciou nesta manhã a dissolução do Parlamento local para antecipar as eleições que aconteceriam em cerca de 6 meses; nova eleição parlamentar agora será realizada no dia 23 de julho.
“Assumo em primeira pessoa esses resultados e acredito ser importante submeter nosso mandato democrático à vontade popular” –primeiro-ministro Pedro Sánchez
Nas eleições municipais e regionais que foram realizadas ontem, a sigla PP (Partido Popular, de centro-direita) liderada por Alberto Núñez Feijóo, foi o principal destaque (se tornou a primeira força política do país).
O PP obteve mais de 7 milhões de votos (31,5%) nas eleições municipais, 2 milhões a mais do que há quatro anos, contra 6,2 milhões (28,1%) para o Partido Socialista de Pedro Sánchez.
Com exceção de Barcelona, todas as grandes cidades da Espanha serão governadas por representantes da direita.
O partido PP também garantiu a vitória em seis das dez regiões até hoje eram governadas (pelo próprio partido ou por coalizão) pelos socialistas do partido governista socialista.
A sigla VOX, também da direita espanhola, que há poucos anos se tornou a terceira maior força política do país, teve mais de 1,5 milhão de votos nas eleições municipais (7,19%) e praticamente dobrou sua representatividade de quatro anos atrás.
A sigla VOX fará parte do bloco de direita (ao lado do PP) que disputará a maioria no Parlamento em julho.
“Um tsunami de direita passou hoje em todas e cada uma das comunidades autônomas da Espanha” –Javier Lambán, presidente (derrotado) regional de Aragão
Apesar dos nomes do primeiro-ministro Pedro Sánchez e o de Alberto Feijóo não estarem presentes em nenhuma cédulas de votação nas eleições de ontem, a eleição foi vista desde o início como uma prévia das eleições legislativas que agora acontecerão no fim de julho.
(Em atualização)