Após ‘fase ruim’, Brasília volta a dar como certa a indicação de Dino ao STF

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino | Imagem por Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil (EBC)

BRASÍLIA, 26 de novembro — Após semanas ruins por conta de escândalos políticos e o fortalecimento de outra ‘candidatura’ para ocupar a cadeira deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, Brasília (interlocutores do governo, membros do Centrão e da oposição) já voltou a dar como certa a indicação de Flávio Dino para ser o próximo ministro do STF a ser indicado por Lula; apesar de não admitir que o assunto foi abordado, a indicação foi sinalizada em um jantar realizado na noite da última quinta-feira (23) com ministros do STF no Palácio do Alvorada que foi promovido por Lula para acalmar os ânimos com a Corte após parte de sua base política votar a favor de limitar os poderes do Supremo.

Durante o jantar, Lula teria “dado sinais” aos presentes que apontaria os nomes do Subprocurador-geral eleitoral Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República nos próximos dias, e de seu ministro da Justiça Flávio Dino ao Supremo.

Além de Zanin, estavam presentes no jantar os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, que apoiam publicamente a indicação de Dino à Corte.

Dino participará de uma reunião sem agenda com Lula amanhã pela manhã antes do presidente viajar para os Emirados Árabes Unidos para participar da 28ª COP (Conferência de Mudanças Climáticas).

Antes de ir aos Emirados, Lula passará pela Arábia Saudita e pelo Qatar. No retorno, Lula deverá parar na Alemanha.


Indicação durante a viagem: Membros do Congresso, incluindo o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, esperam que Lula indique Paulo Gonet à PGR ainda nesta viagem, talvez até nesta segunda-feira (27).

No Congressso, Gonet, que representou o Ministério Público Eleitoral no julgamento que terminou com a pena de inelegibilidade de 8 anos aplicada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, tem o apoio de Rodrigo Pacheco, Arthur Lira e Davi Alcolumbre.

No Supremo, Gonet também tem o apoio declarado de Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

Pelo fato de Paulo Gonet e Flávio Dino receberem apoio do mesmo grupo institucional e político, não era esperado que os dois fossem indicados à PGR e ao Supremo.

Brasília dava como certo que Lula indicaria apenas um deles e usaria a outra indicação para agradar o outro lado político do Centrão, que apoia para uma vaga no Supremo o atual Advogado-geral da União, Jorge Messias.

Após a última briga com o Supremo pela votação no Senado da Proposta de emenda à Constituição que limita os poderes da Corte, a questão de agradar o mesmo lado político com as duas indicações deixou de ser um problema. O movimento é visto como uma tentativa reaproximação com o Supremo, principalmente com os ministros que mais verbalizaram a briga, Mendes e Moraes.

Em uma eventual indicação de Dino, não são esperadas grandes resistências no Senado. Dino tem uma boa relação com a ala do Centrão que tem maioria na Casa, e também já foi elogiado até por Valdemar Costa Neto, em setembro deste ano, que o chamou de “preparado” e disse que seus aliados (parte Centrão da sigla PL) devem “votar a favor” da indicação.

A primeira indicação de Lula ao Supremo neste mandato, de seu advogado pessoal Cristiano Zanin, foi aprovada com 58 votos a 18 no Senado (aprovada por 21 votos a 5 na sabatina).


(Em atualização)

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