BRASÍLIA, 28 de fevereiro — De acordo com dados de imagens de satélite que foram divulgados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), dados que viraram um constante jogo de distribuição de culpas em Brasília e em prefeituras da região desde o fim do ano passado, a Amazônia registrou ao menos 2.940 focos de incêndio no último mês de fevereiro, quebrando o recorde do mês que havia sido estabelecido em 2007 quando foram registrados 1.761 incêndios na região (aumento de 67% do último recorde).
Ainda de acordo com o INPE, com 2.001 focos de incêndio, o estado brasileiro de Roraima foi o mais atingido de toda a região que é conhecida por abrigar a reserva indígena Yanomami. Em todo o ano de 2023, essa mesma região havia registrado apenas 2.605 incêndios.
Se comparado com fevereiro do ano passado, o número de queimadas na Amazônia quadruplicou.
Segundo dados de janeiro divulgados pelo MAPBIOMAS (grupo de 70 ONGs, Universidades e empresas de tecnologia), a área total destruída por estes incêndios no primeiro mês de 2024 foi de 10.298 km² (aumento de 260,5% em relação ao mesmo mês do ano passado).
No fim do ano passado, o Brasil já havia sido pauta de jornais no mundo todo por conta do “pior outubro já registrado na Amazônia” e por conta do Pantanal ter batido o recorde absoluto de queimadas do mês de novembro em apenas 13 dias.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente diz que os recordes são resultado da “estiagem prolongada, intensificada pela mudança do clima e por um dos El Niños mais fortes da história”.
(Matéria em atualização)