RIYADH, 7 de maio — Os ministros das Relações Exteriores dos países que compõe a Liga Árabe formalizaram agora a aceitação da Síria, do ditador Bashar al-Assad, como membro formal do grupo; a Síria havia sido suspensa há 12 anos do grupo por conta da violência (milhares de mortos) contra os manifestantes contrários ao regime (na época, o grupo até havia sugerido sanções contra o país).
Em 2021, 10 anos após a suspensão do país, o Qatar se posicionou publicamente dizendo que as razões para a suspensão da Síria continuavam válidas.
“A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros árabes acordou o regresso da Síria ao seu lugar na Liga Árabe” -Ahmed Al-Sahaf, porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Iraque
Entre as condições que em teoria serão impostas, estão “a revelação do destino dos desaparecidos” pelo regime, o “retorno dos refugiados à Síria” e a participação de representantes da ONU “e da oposição” para a criação de uma nova constituição (nenhuma delas parece factível).
A Arábia Saudita tem sido apontada como a principal responsável por essa aproximação da Liga Árabe com o regime sírio. Após o país retomar suas relações com o Irã – movimento que foi negociado pela China – na última semana, inúmeros encontros entre autoridades dos dois países aconteceram na capital saudita.
É esperado que o próprio ditador sírio Bashar al-Assad visite a capital saudita no dia 19 de maio.
No dia 18 de abril, também foi registrada em vídeo uma comitiva de líderes grupo terrorista Hamas visitando a Arábia Saudita para conversar com oficiais do país e realizar o Umrah em Mecca. Segundo eles, o grupo também está negociando um retorno de relações com o país.
(Em atualização)