Após segundo plebiscito com voto obrigatório, Chile enterra chance da criação de uma nova Constituição para substituir a atual criada na época de Pinochet

Manifestação contra a atual constituição chilena | Imagem ilustrativa por Simenon Simenon (CC)

SANTIAGO, 17 de dezembro — Após um segundo plebiscito pela criação de uma nova Constituição chilena, depois de uma derrota esmagadora do presidente socialista Gabriel Boric no ano passado em aprovar um texto produzido pela esquerda política do país, eleitores do Chile hoje, por maioria, decidiram por rejeitar novamente a troca Carta Magna local, que desta vez levava um texto constitucional escrito pela oposição de centro-direita chilena, em boa parte por membros do partido Republicano, ligado ao ex-candidato à presidência José Antonio Kast.

O texto, que dificultaria ou até proibiria o aborto dependendo da interpretação, que tratava da imigração ilegal com a “expulsão em menor tempo possível”, que falava da libertação de presos com doenças terminais que não representassem perigo à sociedade, e que visava a diminuição do Estado (quatro pontos mais comentados nas redes locais), foi reprovado, com mais de 99,4% das urnas apuradas, por 55,76% dos eleitores, contra 44,24% que aceitavam a nova Constituição.

Apesar das campanhas pró e contra, nenhum dos lados políticos acreditava na aprovação desta nova Constituição na votação de hoje, da mesma forma que nenhum dos lados está comemorando o resultado*

O plebiscito de hoje foi marcado pela falta de interesse do público chileno e pelas centenas de milhares de pedidos oficiais de ausência justificada de pessoas que não tinham vontade de votar neste pleito que era obrigatório para todos os cidadãos chilenos com domicílio eleitoral no país.

A multa para quem não justificou sua ausência na votação de hoje vai de 32 mil a 192 mil pesos (R$182 a R$1.094).

No último plebiscito, votado em setembro do ano passado, os chilenos rejeitaram a Constituição escrita pela esquerda política do país por 61,88% a 38,12%.

Não são esperadas novas tentativas de uma substituição da atual Carta Magna nos próximos anos.


(Em atualização)

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