BRASÍLIA, 16 de maio — O arroz que será importado pelo governo através da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) sob a justificativa de prevenir uma falta de abastecimento por conta da tragédia no Rio Grande do Sul, de acordo com a divulgação oficial, levará o logotipo do Governo Federal em sua embalagem, que terá 2kg e será vendida a um preço tabelado de no máximo R$ 4 reais por quilo.
Conforme o disposto na Medida Provisória 1.217/2024, a aquisição de arroz será realizada através de leilões públicos, estando o primeiro deles agendado para a próxima terça-feira (21). Neste leilão inicial, está prevista a compra de 104.034 toneladas de arroz importado (safra 2023/2024, “arroz branco do tipo 1 beneficiado e polido, classificado como longo fino”).
A primeira remessa de arroz será enviada a pequenos varejistas (mercados com até 5 caixas) dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia, e chegará ao Brasil pelos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA), onde serão embalados nos pacotes de 2kg.
Os pacotes terão no topo da embalagem a inscrição em letras maiúsculas em vermelho “PRODUTO ADQUIRIDO PELO GOVERNO FEDERAL”, acompanhada do logotipo da CONAB. Na parte inferior, uma imagem de uma tigela com arroz cozido será seguida da informação “PREÇO MÁXIMO R$ 8,00” e mais quatro logotipos (em ordem): CONAB, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura e Governo Federal, juntamente com o slogan “União e Reconstrução”.
Segundo as organizações agrícolas e os presidentes das principais empresas produtoras de arroz no Brasil, mais de 85% da safra do grão cultivado no Rio Grande do Sul já havia sido colhida antes das intensas chuvas que atingiram o estado. O Rio Grande do Sul responde por cerca de 70% da produção nacional desse alimento.
Espera-se que nas próximas semanas ocorram aumentos leves no preço do arroz (o produto já subiu 4% no atacado) devido à situação logística no Rio Grande do Sul, afetada pelas fortes chuvas que ainda estão atingindo o estado. No entanto, os principais produtores dizem que não deve faltar arroz no Brasil (mesmo sem a importação).
(Matéria em atualização)