Atual ministro da economia argentino Sergio Massa lidera corrida eleitoral no país; inflação na Argentina deverá atingir 149% este ano

Ministro da Economia argentino Sergio Massa e vice-presidente argentina Cristina Kirchner | Imagem por Charly Diaz Azcue/Comunicación Senado

BUENOS AIRES, 2 de julho — A primeira pesquisa eleitoral argentina sobre quem ocupará a cadeira presidencial na Casa Rosada aponta que o atual ministro da economia, indicado pelo presidente Alberto Fernández, Sergio Massa (Coligação Unión por la Patria), está liderando a corrida com 24,1% das intenções de voto contra 17,3% da ex-ministra da Segurança Nacional do governo Macri, Patricia Bullrich, 17,2% do candidato da direita local, Javier Milei e 16,5% do prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta (que é uma candidatura nula, já que ele pertence ao mesmo grupo de Patricia Burrich e provavelmente será derrotado nas primárias).

No país, existem eleições primárias obrigatórias (“PASO”/Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) que definem quem serão os candidatos de cada coligação. O pleito (PASO) está marcado para o dia 13 de agosto.

Os candidatos escolhidos nas primárias se enfrentarão na próxima eleição presidencial argentina que está marcada para acontecer no próximo dia 22 de outubro, eleições que não contarão com a participação do atual presidente Alberto Fernández, com a ex-presidente e atual vice-presidente argentina Cristina Kirchner e nem com o ex-presidente Mauricio Macri.

Sergio Massa, já escolhido antes mesmo das primárias pelo grupo governista, é visto por linhas divergentes como uma continuação do governo atual (um representante do Peronismo e talvez subordinado indireto de Kirchner), ou como um novo alinhamento que indicaria uma perda de força política da própria Cristina Kirchner e um encaminhamento do Peronismo ao ‘centrão’ local.

Com relação à intenção de votos por coligação (serve como expectativa de segundo turno), o grupo governista aparece em segundo lugar, pouco atrás da coligação “Juntos por el Cambio”, que tem 33,8% das intenções de votos, contra 29,1% da ala governista, e 17,2% da coligação de direita “La Libertad Avanza”.

A Argentina, que vive uma das mais duras crises econômicas de sua história, com uma inflação que deve atingir 149% neste ano (muito acima dos 126% que era esperado no começo do ano), além de estar passando por uma seca histórica, está contando com uma linha de crédito “abrangente” brasileira e com acordos com a China para tentar estabilizar sua situação.

A linha de crédito brasileira, nos planos atuais, financiará até a compra de 161 blindados brasileiros (Guarani 6×6) para o país vizinho. O assunto foi tratado na última visita do presidente argentino ao Brasil, a quinta desde o início do novo governo.

Na última sexta-feira (30), o país pagou US$ 2,7 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dos US$ 44 bilhões que ainda deve ao Fundo (parcela que originalmente deveria ter sido paga no dia 22 de junho).

Como as reservas do Banco Central argentino estão no negativo, o pagamento foi feito sem a utilização da moeda americana, e sim com SDR (moeda do Fundo/US$1,7 bilhão) e com yuans chineses (US$ 1 bilhão) que a Argentina tem acesso por meio do acordo de swap com o país. O valor em yuan que será posteriormente devolvido ao Banco Central chinês quando o FMI liberar o próximo desembolso do atual programa de crédito de US$ 44 bilhões*


(Em atualização)

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