Citando “vazamentos ilegais”, ex-presidente americano Donald Trump diz que espera ser preso na próxima terça-feira

Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Imagem por Gage Skidmore

WASHINGTON, 18 de março — O ex-presidente Donald Trump (76) disse nesta manhã, em uma postagem na sua própria rede social, que espera ser preso na próxima terça-feira por conta da investigação do promotor distrital de Manhattan que, segundo o próprio ex-presidente, o acusará por supostos pagamentos secretos (não declarados) que ele fez como candidato presidencial em 2016.

Em uma postagem hoje cedo, os ex-presidente dos Estados Unidos disse que ficou sabendo disso por um “vazamento ilegal”.

Embora o ex-presidente não tenha fornecido detalhes sobre o motivo dele acreditar sobre esse indiciamento e pedido de prisão, sua equipe jurídica espera que isso aconteça em breve e se prepara nos bastidores para as próximas etapas.

Com relação aos crimes imputados ao ex-presidente Trump nas últimas acusações, nenhum deles tiraria o direito dele de concorrer na próxima eleição presidencial do país.

Apesar de não ter havido qualquer posicionamento público do governo de Nova York sobre o assunto, a polícia local está de fato realizando preparativos de segurança para a possibilidade do ex-presidente ser indiciado.

O grande júri em Manhattan ouviu testemunhas, incluindo o ex-advogado do ex-presidente e hoje seu inimigo político Michael Cohen, que diz ter feito os tais pagamentos em 2016 a duas mulheres para silenciá-las sobre encontros sexuais que disseram ter tido com Trump uma década antes.

“O presidente Donald J. Trump é completamente inocente, ele não fez nada de errado, e até mesmo os maiores e mais radicais democratas de esquerda estão deixando isso claro […] é uma caça às bruxas” –Steven Cheung, porta-voz do ex-presidente Donald Trump

O ex-presidente nega que os encontros tenham ocorrido, diz que não fez nada de errado e classificou a investigação como uma “caça às bruxas” por um “promotor democrata empenhado em sabotar a campanha presidencial” do “principal candidato republicano de 2024”.

A acusação, em tese, diz respeito às formas de pagamento utilizadas no suposto caso.

O ex advogado de Trump – e hoje seu inimigo político – Cohen diz que consegue provar que a empresa do ex-presidente pagou a ele US$ 420.000 para reembolsá-lo pelo pagamento de US$ 130.000 a uma das mulheres (Daniels) e para cobrir um “bônus e outras despesas”. A empresa classificou publicamente esses pagamentos como “despesas legais”. O outro pagamento citado pelos promotores foi no valor de US$ 150.000 a uma outra mulher (McDougal), que segundo eles teria sido feito pelo próprio editor da conhecida revista National Enquirer, para impedir que a história viesse à tona.

Na última semana, também foram ouvidas pelos promotores na condição de testemunhas a ex-assessora política Kellyanne Conway (que substituiu Steve Bannon – seu inimigo pessoal – nos últimos meses da primeira campanha de sucesso do ex-presidente e quem o próprio ex-presidente e familiares indicam como a responsável pela estabilidade e vitória) e a ex-porta-voz de Trump, Hope Hicks.

Susan Necheles, uma das advogadas de Trump, diz que o ex-presidente está sendo “vítima de extorsão”.

O procurador distrital de Manhattan não quis “confirmar ou comentar” a acusação feita pelo ex-presidente Trump.


ATUALIZAÇÕES

  • 30/03/2023 – 18h37. O ex-presidente americano Donald Trump acabou de ser formalmente indiciado. Ele é o primeiro ex-presidente americano criminalmente na história do país;

(em atualização)

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