HAVANA, 20 de abril — O cubano Miguel Díaz-Canel foi reeleito na tarde de ontem ao cargo de Presidente de Cuba através do voto parlamentar e garantiu mais 5 anos de mandato para comandar o regime local; Díaz-Canel disputou sozinho no país onde a oposição política é ilegal.
Miguel Díaz-Canel governa Cuba desde 2018 e assumiu o país depois dos irmãos Fidel e Raúl Castro, que estavam no poder desde 1959.
Ele obteve 459 votos dos 462 parlamentares presentes (97,66%) na Assembleia Nacional do Partido Comunista de Cuba.
O pleito também acabou reelegendo seu vice-presidente Salvador Valdés Mesa, de 77 anos, que ocupa o cargo desde o ano de 2019.
A votação foi transmitida, em partes, apenas pela TV estatal local.
Os primeiros 5 anos do regime sendo comandado por Díaz-Canel foram marcados pela pior crise econômica em três décadas com escassez de alimentos, remédios e combustíveis.
Entre reformas e promessas de mudanças econômicas que nunca saíram do papel, em dois anos, a moeda cubana saltou de 24 para 120 pesos por dólar no câmbio oficial, enquanto no mercado paralelo, a moeda é negociada a 185 pesos por dólar.
Outro ponto que marcou o primeiro mandato de Díaz-Canel foram as manifestações de 2021 contra o regime cubano que foram duramente reprimidas pela polícia local e por milícias do do próprio regime.
Após o fim deste segundo mandato que se encerrará em 2028, Miguel Díaz-Canel não poderá mais “concorrer” ao pleito presidencial do país.
(Em atualização)