PYONGYANG, 1 de novembro — Coreia do Sul e Japão confirmaram agora que mais projéteis não identificados foram disparados pela Coreia do Norte; o teste é o décimo quarto disparo de mísseis realizado pelo país desde a posse do novo governo do presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol e antecipa o provável sétimo teste nuclear do país, que era esperado para acontecer até o dia 16 de outubro pela Coreia do Sul, e até o meio de novembro pelos Estados Unidos.
O teste nuclear ainda não teria acontecido por pressão chinesa (a China -surpreendentemente- votou a favor de um projeto de resolução da ONU condenando os últimos 6 testes nucleares norte-coreanos).
Os últimos testes nucleares norte-coreanos aconteceram em 2006, 2009, 2013, duas vezes em 2016 e em 2017.
De acordo com a Coreia do Sul, o teste norte-coreano de hoje envolveu “mísseis que foram na direção da ilha de Ulleung-Gun e caíram no mar”.
Os alertas sonoros (sirenes) para ataques aéreos da ilha de Ulleung-Gun chegaram a ser ativados; a TV local chegou a exibir um aviso de “Evacue para o abrigo subterrâneo mais próximo e ouça a transmissão”.
A Coreia do Sul está realizando exercícios aéreos combinados de larga escala com os Estados Unidos nesta mesma região.
Outros disparos deste tipo de míssil aconteceram nos dias 04/01, 10/01, 14/01, 16/01, 26/01, 29/01, 26/02, 04/03, 15/03, 24/03, 16/04, 12/05, 24/05, 04/06, 24/09, 28/09, 29/09, 30/09, 03/10, 05/10, 08/10, 13/10 e 28/10.
O disparo de míssil mais polêmico até o momento foi registrado no dia 03 de outubro, e causou um clima pesado na região pela trajetória do projétil, que passou por cima do Japão e chegou a ativar alertas de emergência em várias regiões, incluindo a capital Tóquio; o projétil, um míssil balístico de alcance médio, seria um Hwasong-12, o mesmo míssil utilizado nos últimos testes que envolveram o espaço aéreo japonês (duas vezes em 2017).
Como resposta, Coreia do Sul e Estados Unidos dispararam 4 mísseis – 2 de cada país –, na base aérea de Gangneung; um dos mísseis apresentou um problema e causou um incêndio no local*
O exercício (resposta) envolveu o disparo de 4 mísseis MGM-140 ATACMS (os mesmos que já foram prometidos para a Ucrânia e que até o momento não foram entregues); o míssil que falhou seria um Hyunmoo-2 (provavelmente 2C) sul-coreano.
Eles foram disparados pelos sistemas de lançamento de foguetes múltiplos M270A1 (também enviados para a Ucrânia pelos EUA, Alemanha, Noruega e Reino Unido) e caíram no Mar do Japão.
Detalhes sobre o disparo, nome do projétil, trajetória de vôo, horário, imagens e local do lançamento, costumam (não é regra) ser anunciados na manhã do dia seguinte (horário local).
ATUALIZAÇÕES EM ORDEM CRONOLÓGICA:
- De acordo com a Coreia do Sul, a Coreia do Norte disparou ao menos 10 mísseis, “tendo um deles caído no mar a apenas 57 km a leste de Sokcho”, um importante centro turístico sul-coreano;
- O Japão disse que “os mísseis voaram de forma irregular”;
- A Coreia do Sul disparou três mísseis ar-terra “de precisão” em águas ao norte da fronteira marítima intercoreana “em resposta aos disparos de mísseis norte-coreanos” que foram registrados mais cedo;
- Mais disparos foram foram registrados pelo Japão; o total de mísseis disparados hoje chegou a “ao menos 17”;
- 4 mísseis balísticos de curto alcance (SRBM) foram disparados da província de Pyongan às 6h51 no horário local;
- 3 mísseis balísticos de curto alcance (SRBM) foram disparados de Wonsan às 8h51 no horário local, tendo um dos mísseis caído em águas territoriais sul-coreanas;
- “Mais de 10” mísseis balísticos de curto alcance (SRBM) foram disparados às 09h12 no horário local;
- “Mais de 100” tiros de artilharia foram registrados às 13h27 (horário local) partindo da província de Kangwon;
- Estão sendo utilizados mísseis de curto e longo alcance;
- Já foram disparados quase 30 mísseis;
- Segundo a Coreia do Sul, o míssil balístico de longo alcance norte-coreano que foi disparado há pouco “voou cerca de 760 km, no apogeu (altura) de cerca de 1.920 km, na velocidade máxima de Mach 5 (~6.174km/h);
- Um dos disparos pode ter sido de um Míssil Balístico Intercontinental (ICBM), que provavelmente apresentou falhas;
- Número de disparos atualizado para “ao menos 33”;
- —
(em atualização)