De acordo com dados da Operação Acolhida, entrada de venezuelanos pela fronteira de Pacaraima aumenta em 64,3% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2022

Registro da Operação Acolhida | Imagem por Alexandre Manfrim/Ministério da Defesa

PACARAIMA, 13 de junho — De acordo com os últimos dados da Operação Acolhida (compilados pela Organização Internacional para as Migrações), parte do Ministério da Casa Civil, apenas pela fronteira de Roraima, entre os meses de janeiro e março deste ano, entraram no Brasil 51.838 venezuelanos por Roraima; em 2022, no mesmo período, o Brasil recebeu 31.552 venezuelanos (aumento de 64,3%).

Boa parte do aumento é representado por pessoas de “extrema vulnerabilidade social”, como idosos, crianças desacompanhadas e doentes (grupo que dificilmente consegue emprego ou não pode trabalhar).

De acordo com ONU, ao menos 5 milhões de venezuelanos já deixaram o país desde o ano de 2015 (número que chega aos 7 milhões em registros de entidades independentes).

Estes números não são divulgados de forma oficial pelo regime venezuelano*

Entre os anos de 2015 a 2017, o aumento no fluxo migratório de venezuelanos no Brasil foi de 922%*

No último trimestre de 2022 o Brasil recebeu 42.604 venezuelanos pela fronteira de Roraima (tivemos um aumento de 21% comparando este período com o primeiro trimestre de 2023).

Ao todo, oficialmente, entre os anos de 2017 e 2022, ao menos 906 municípios brasileiros receberam este fluxo de venezuelanos, sendo Curitiba a cidade mais procurada (recebeu cerca de 5.700 venezuelanos no período).

Outro vizinho batendo recorde: De acordo com dados do Observatório das Migrações Internacionais (parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública), 6.601 argentinos migraram para o Brasil em 2022 (recorde em relação à série histórica que foi iniciada em 2010). O número representa um aumento de 82% com relação ao ano de 2021.

Comparando com 2019, ano em que havia sido registrado o último recorde (5.424 pessoas), o aumento foi de 21,7%.

O país vive uma pesada crise econômica e social, com uma inflação que deve atingir 149% neste ano (muito acima dos 126% que era esperado no começo do ano), e um seca histórica.

A Argentina também passará por eleições presidenciais no fim deste ano (22 de outubro) e por primárias que decidirão os candidatos que disputarão o pleito (ambos, o presidente argentino Alberto Fernández e a vice-presidente e ex-presidente Cristina Kirchner já disseram que não serão candidatos).


(Em atualização)

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