Depois do “pior outubro já registrado” na Amazônia desde 1998, Pantanal registra recorde absoluto de queimadas em novembro

Imagem ilustrativa por Marco Allasio (CC)

BRASÍLIA, 14 de novembro — De acordo com dados que foram divulgados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Pantanal registrou ao menos 2.387 focos de incêndio nos primeiros 13 dias de novembro, batendo um recorde absoluto para este mês desde 1998, quando as queimadas passaram a ser monitoradas no Brasil; a notícia, que virou um jogo de distribuição de culpas em Brasília e em prefeituras, segue o pior outubro já registrado na história da Amazônia, com 22.061 focos de queimadas reportados em um mês (dado também contabilizado pelo INPE que representa um aumento de 59% em comparação a outubro de 2022).

De acordo com o INPE, foi registrado um aumento de 101,2% nas queimadas no Pantanal com relação ao mês anterior.

Levando em conta o ano inteiro de 2023, o Pantanal registrou um aumento nas queimadas de 244% com relação a 2022.

“Obviamente a gente tem de se planejar melhor, ter estruturas melhores-Rodrigo Agostinho, presidente do IBAMA, em entrevista recente ao jornal O Estado de S.Paulo

Historicamente, Pantanal registra, em média, 442 focos de incêndio no mês de novembro, que é considerado um período de queda nas queimadas.

O recorde anterior no Pantanal aconteceu em 2002, quando a região registrou 2.328 focos de incêndio (recorde batido neste ano em menos de duas semanas).

De acordo com dados oficiais, os principais focos de incêndio foram registrados no Parque Estadual Encontro das Águas (maior refúgio de onças-pintadas do mundo) e no Parque Nacional do Pantanal.

“A explicação para um número grande da quantidade de focos nesses meses é devido à condição ambiental, que está muito favorável devido à falta de precipitação. Temos falta de chuva e altas temperaturas” -Fabiano Morelli, chefe do Programa Queimadas do INPE

Segundo interlocutores do governo, o grande e abrupto aumento teria como causa o fenômeno El Niño, que teria sido potencializado pelas mudanças climáticas (falta de chuvas).

Ainda de acordo com o governo, os incêndios da região estão sendo combatidos “pelo ar, com aeronaves da Polícia Rodoviária Federal, do Ibama e do ICMBio, e por terra” (oficialmente, 299 servidores federais estão atuando na região).


(Em atualização)

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