PORTO ALEGRE, 11 de maio — A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou hoje que encontrou, na região norte de Porto Alegre, um depósito (casa) que servia de “central de armazenamento” de itens que estavam sendo furtados ou roubados de residências e comércios das vítimas das enchentes que assolaram o estado gaúcho nesta última semana.
Diariamente são publicados centenas de vídeos de moradores do Rio Grande do Sul reclamando de furtos e roubos na região que está passando pela sua pior tragédia.
Por conta das ocorrências, vários moradores estão arriscando suas vidas retornando para as suas residências e comércios, mesmo em regiões ainda alagadas, para tentar proteger o que restou de seus bens.
Além dos presos por saques contra residências e comércios da região, apenas nesta semana, oficialmente, sete foram presos por assaltos contra voluntários de equipes de resgate.
Segundo vários registros em vídeo de moradores que voltaram para casa para proteger seus bens, as polícias, junto com centenas (até milhares) de voluntários, estão colaborando na entrega de comida e água para quem está retornando por medo dos crimes.
Há também uma quantidade significativa de relatos de moradores e equipes de resgate sobre uma grande presença de facções criminosas em toda a região.
De acordo com registros públicos, vários já foram presos por assaltos, brigas de facções e até estupros dentro dos abrigos de vítimas das enchentes. Alguns abrigos estão contando com segurança armada privada para conter e desestimular os criminosos.
Quase todos os estados brasileiros já enviaram equipes de polícias que estão patrulhando o Rio Grande do Sul nas regiões mais perigosas.
Relevante: Projeções meteorológicas do Rio Grande do Sul indicam que o nível do Guaíba pode voltar a ultrapassar os 5 metros por conta das chuvas que ainda estão atingindo a região.
(Matéria em atualização)