Durante visita à Holanda, governo ucraniano confirma que receberá ao menos 42 caças F-16 da Holanda e da Dinamarca

Caça F-16AM “Fighting Falcon” J-632 da Real Força Aérea Holandesa (RNLAF) | Imagem por Nicky Boogaard/RNLAF

EINDHOVEN, 20 de agosto — Durante viagem surpresa do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à base aérea holandesa de Eindhoven, o mandatário, acompanhado do primeiro-ministro holandês Mark Rutte, agradeceu pela confirmação de que a Holanda e a Dinamarca enviarão 42 caças F-16 à Ucrânia.

Vídeo da chegada do presidente ucraniano à base aérea de Eindhoven

O envio dos caças pelos dois países já era esperado (noticiado aqui).

As aeronaves dinamarquesas originalmente iriam para a Argentina (acordo será cumprido por algum outro país do bloco ou a negociação será desfeita com base em sanções britânicas por conta das Malvinas), enquanto as aeronaves holandesas (país possui 28~30 aeronaves operacionais) deixariam de ser operadas naturalmente no meio do ano que vem (substituídas por caças F-35).

Ainda não existem datas estimadas para que a Ucrânia receba as aeronaves, porém seus pilotos já estão treinando em ao menos 6 países da OTAN.

“À luz da agressão brutal e não provocada da Rússia, a Dinamarca e a Holanda, apoiadas pelos EUA, compartilham a convicção de que o apoio contínuo à Ucrânia é de extrema importância. Tomando nota do estabelecimento da coalizão conjunta no treinamento para os F-16, concordamos que o próximo passo natural será a transferência de caças F-16. A doação de aeronaves será vital para os esforços relacionados a garantir à Ucrânia uma capacidade F-16 totalmente funcional. Concordamos em transferir aeronaves F-16 para a Ucrânia e a Força Aérea Ucraniana em estreita cooperação com os EUA e outros parceiros, quando as condições para tal transferência forem atendidas. As condições incluem, mas não estão limitadas a, pilotos F-16 ucranianos selecionados, testados e treinados com sucesso, bem como as autorizações, infraestrutura e logística necessárias. Paralelamente a esses esforços, pretendemos ampliar nossa coalizão e convidamos outras nações interessadas a participar. Continuamos fortemente comprometidos com a luta da Ucrânia pela liberdade e integridade territorial.” -nota assinada pelos governos da Holanda e da Dinamarca

De acordo com a Rússia, o envio seria interpretado como “envio de arma nuclear” já que o modelo de aeronave tem capacidade de carregar bombas termonucleares B61, mas não são esperadas respostas militares por conta deste envio.

Também é esperado em um futuro próximo que a Ucrânia receba caças franceses Mirage-2000 e caças australianos F-18.

Ontem, em visita à Suécia, o governo ucraniano também confirmou, em um discurso com o primeiro-ministro Ulf Kristersson, que os países produzirão em conjunto blindados de infantaria suecos CV-90 (prometidos à Ucrânia em janeiro e vistos pela primeira vez em solo ucraniano em julho).

Primeiro registro dos blindados suecos CV-90 em solo ucraniano

Durante o discurso conjunto dos dois governos, o presidente ucraniano deu a entender que seu país adotará (após o término da guerra) as aeronaves suecas Gripen como nova plataforma oficial da Ucrânia (mesma plataforma utilizada pelo Brasil). Pilotos ucranianos já estariam treinando com os caças suecos, que provavelmente não serão entregues durante a guerra por uma questão de logística e produção.

Caças suecos SAAB Gripen decolando de uma pista comum

Outra produção interna: Turquia e Ucrânia assinaram os protocolos, no último dia 07/07, para a construção de fábricas de drones militares turcos em solo ucraniano (o Brasil também busca cooperação com a empresa turca de drones Baykar*).

O principal produto sendo produzido pela Turquia atualmente, o caça autônomo (não tripulado) “Bayraktar Kizilelma”, utiliza, em suas duas versões, motores fabricados na Ucrânia (AI-25 e AI-322).

Caça autônomo (não tripulado) turco BayraktarKizilelma

(Em atualização)

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