VARSÓVIA, 30 de junho — O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki confirmou em uma entrevista coletiva, após o término de uma reunião do Conselho Europeu, que seu país decidiu por pedir à OTAN para participar do Programa de Compartilhamento Nuclear e receber armas nucleares em resposta à transferência russa de armas nucleares para a Bielorrússia; a reunião do Conselho Europeu tratava de questões europeias de segurança e migração.
“Em conexão com o fato de que a Rússia pretende implantar armas nucleares táticas na Bielorrússia, pedimos a toda a OTAN para participarmos do Programa de Compartilhamento Nuclear. A decisão final dependerá de nosso parceiro Estados Unidos. Declaramos nossa vontade de agir rapidamente a esse respeito. Não podemos nos sentar com os braços cruzados enquanto Putin aumenta suas ameaças.” -primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki
Três dias atrás, o autodeclarado ditador da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, confirmou que armas nucleares russas já estavam prontas para a utilização em solo bielorrusso.
“Em termos de armas nucleares, a maioria já foi trazida para a Bielorrússia. Não vou dizer quantas. É surpreendente que eles não o tenham rastreado” -autodeclarado ditador bielorrusso Alexandr Lukashenko
As armas nucleares russas que provavelmente estão na Bielorrússia são sistemas de mísseis terrestres 9K720 Iskander (SS-26 Stone) com mísseis balísticos 9M723 Iskander-M.
Hoje, o Programa de Compartilhamento Nuclear da OTAN inclui Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e Turquia.
É provável que a Polônia receba bombas da família B61 que possuem uma potência variável entre 0,3 a 400 kT (versões B61-3, B61-4, B61-7, B61-10 e B61-12)
Essas bombas pertencem formalmente à Força Aérea americana, mas como diz o programa dissuasão nuclear da OTAN, se necessário, mediante autorização, podem ser utilizadas por países aliados (por caças F-16C/D, Panavia Tornado IDS e F-35A).
(Em atualização)