QUITO, 15 de outubro — Em uma eleição que foi marcada por violência e assassinatos de candidatos e dirigentes partidários, com mais de 90% das urnas apuradas, o candidato Daniel Noboa, de 35 anos, ex-deputado de centro-direita pela província de Santa Elena e empresário do ramo de plantação e exportação de bananas, filho do ex-candidato à Presidência da República Álvaro Noboa Pontón, venceu a socialista Luisa González por 52,30% a 47,70% e será o novo presidente do Equador.
Daniel Roy-Gilchrist Noboa Azin, da sigla Acción Democrática Nacional, é formado em Administração de Empresas pela Stern School of Business da Universidade de Nova York, Administração Pública em Harvard, e possui um mestrado em Comunicação Política e Governança Estratégica pela Universidade George Washington.
A candidata derrotada Luisa González, que saiu na frente no primeiro turno e que também já reconheceu a derrota de hoje, é seguidora do ex-presidente equatoriano Rafael Correa (2007-2017), que foi condenado por corrupção e atualmente vive em Bruxelas.
O pleito finalizado neste domingo foi marcado após o atual presidente Guillermo Lasso dissolver o Congresso local no último dia 17/05 (decreto executivo 741) e dizer que não participaria da disputa.
As eleições equatorianas estavam marcadas para acontecer naturalmente apenas em 2025*
O país vem passando por pesados confrontos com a narcoviolência e várias regiões já foram colocadas em estado de emergência, com direito a toques de recolher.
O Equador, que escoa boa parte da cocaína dos maiores produtores do mundo, Colômbia e Peru, vem fazendo desde 2021 apreensões recordes da droga, boa parte dela sendo destinada a portos europeus.
Outro recorde local que foi batido recentemente foi o aumento expressivo na taxa de homicídios do país, que dobrou entre os anos de 2021 e 2022; localmente e em veículos internacionais de mídia, compararam este aumento com a realidade vivida pelo Brasil (‘taxa brasileira’).
Em abril, o atual presidente Lasso apareceu em uma transmissão em cadeia nacional liberando o porte e a posse civil de armas de fogo como medida para conter a narcoviolência no país.
O novo presidente Noboa assumirá a cadeira presidencial no próximo mês de dezembro e governará até maio de 2025.
(Em atualização)