Evo Morales confirma candidatura na próxima eleição presidencial boliviana; “me convenceram”

Evo Morales | Imagem por Jean-Marc Ferré/UN Photo (CC)

LA PAZ, 24 de setembro — O ex-presidente boliviano Evo Morales, que governou a Bolívia de 2006 a novembro de 2019, e que na prática comanda o país presidido hoje por seu ex-ministro da economia Luis Arce (estão brigando desde o início deste ano), anunciou nesta tarde na rádio local Kawsachun Coca que foi “convencido” a tentar um novo mandato presidencial nas próximas eleições de 2025.

Me convenceram que vou ser candidato, me obrigaram, claro que as pessoas querem, mas estão me obrigando. Todos contra o Evo, a direita, o Governo, o império […] Não vamos desistir e vamos estar nessa dura batalha democrática, agora para construir propostas, tenho uma reunião com os empresários, saúdo as propostas que chegam, temos que construir a agenda pós-bicentenário” -Evo Morales

Em seu discurso, Evo também disse que estão fazendo uma campanha “suja” contra a sua pessoa apontando a oposição que o chama de “traficante de drogas” e o governo de seu aliado, atual presidente Arce, que agora o chama de “rei da cocaína”.

Segundo Morales, seu antigo aliado (poste político) e atual presidente Luis Arce não avançou “absolutamente nada” em sua agenda política e quer “defenestrá-lo” da política “com processos políticos” ou “eliminá-lo” fisicamente.

Luis Arce alcançou a presidência boliviana nas eleições que foram realizadas em outubro de 2020 após ser anunciado como candidato pelo próprio Morales, durante uma coletiva em Buenos Aires, no dia 20 de janeiro do mesmo ano.

Uma semana antes do anúncio de Evo sobre a candidatura de Arce, o ex-presidente se envolveu em um escândalo político local ao dizer na mesma rádio Kawsachun Coca que foi um “erro enorme não ter pensado em um plano B” quando renunciou à presidência em 2019 após muitos protestos de civis e posterior pressão dos militares locais. Na entrevista, Morales disse que em seu eventual retorno, o governo deveria “organizar, como na Venezuela, milícias armadas do povo” (referência à milícia armada de Maduro, os Colectivos).

Na Bolívia, o ex-presidente conta com um firme apoio dos conhecidos “Ponchos Rojos”, que é um grupo radical de esquerda (“milícia bolivariana”) composta por vários reservistas e oficiais militares bolivianos.

Em 2019, o grupo invadiu o Hospital Obrero, que fica na capital política La Paz, e atacou com pedaços de pau e chicotes os médicos, enfermeiros e funcionários do local que na época protestavam contra Morales.

Em 2007, para mostrar o que eles fariam com os seus inimigos políticos, os Ponchos Rojos degolaram inúmeros cachorros. Os corpos dos animais foram pendurados em postes na capital.

Cocaína na América do Sul: No último dia 14 de setembro, a Bloomberg divulgou, com base em dados públicos, uma estimativa de que a cocaína deverá superar o petróleo e passará a ser o principal produto de exportação da Colômbia ainda neste ano de 2023.

Colômbia, Peru e Bolívia são os maiores produtores da droga em todo o planeta.


(Em atualização)

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