NOVA YORK, 9 de maio — O ex-presidente americano Donald Trump foi condenado há pouco em um júri federal de Nova York por “abuso sexual” que teria sido cometido contra uma escritora e jornalista chamada E. Jean Carroll; de acordo com a acusação, o crime de “estupro” teria sido cometido em 1996 enquanto os dois estavam fazendo compras juntos.
O júri, que foi formado por 6 homens e 3 mulheres escolhidos há cerca de 2 semanas, recusou por unanimidade a acusação de estupro, porém condenou Trump ao crime de abuso sexual e difamação (pelas falas do ex-presidente sobre o caso).
O ex-presidente terá que desembolsar US$ 3 milhões pelo crime de difamação e US$ 2 milhões pelo crime de abuso (total de cerca de R$ 25 milhões).
E. Jean Carroll ficou conhecida por manter uma coluna na revista local “Elle”.
Apesar da situação ter supostamente ocorrido na década de 90, a escritora conseguiu entrar com a ação no ano de 2022 após a aprovação de uma lei chamada de “Lei de Sobreviventes Adultos”, que permite que vítimas adultas de abuso sexual entrem com processos independentemente de um prazo.
E. Jean Carroll utilizou duas testemunhas, amigos pessoais da jornalista que teriam conversado com ela após o suposto abuso, para corroborar com a história.
A âncora de TV Carol Martin, amiga da jornalista, também foi ouvida e confirmou o que foi dito pelas testemunhas apontadas pela acusação.
“Ela está me acusando de estupro, uma mulher que não faço ideia de quem seja. Surgiu do nada. Ela está me acusando de estupro … de estuprá-la, a pior coisa que você pode fazer, a pior acusação […] ainda não conheço essa mulher. Acho que ela é uma maluca. Não faço ideia. Não sei nada sobre essa mulher além do que leio nas histórias e do que ouço. Não sei nada sobre ela” –Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
A defesa e o próprio ex-presidente Donald Trump negaram publicamente as acusações; “uma fraude, uma mentira”.
(Em atualização)